Política

Entenda o que deve acontecer se o Congresso não aprovar a MP dos ministérios de Lula

A matéria tem de ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até esta quinta 1º – ou perderá validade

O presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: SERGIO LIMA/AFP
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), colocou em dúvida nesta quarta-feira 31 a votação da medida provisória de reestruturação dos ministérios. A matéria tem de ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até esta quinta 1º – ou perderá validade.

Se ela “caducar”, ou seja, expirar, os ministérios criados, recriados ou promovidos a esse status pelo governo Lula deixariam de existir. São eles:

  • Cultura
  • Relações Institucionais
  • Igualdade Racial
  • Gestão e Inovação em Serviços Públicos
  • Transportes
  • Povos Indígenas
  • Previdência Social
  • Portos e Aeroportos
  • Planejamento
  • Pesca e Aquicultura
  • Mulheres
  • Direitos Humanos e Cidadania
  • Cidades
  • Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
  • Esporte
  • Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
  • Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
  • Secretaria de Comunicação Social

Na prática, o fim da vigência da MP faria com que voltasse a vigorar a configuração da Esplanada dos Ministérios sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), com 23 pastas:

  • Casa Civil
  • Agricultura, Pecuária e Abastecimento
  • Ciência, Tecnologia e Inovações
  • Cidadania
  • Comunicações
  • Defesa
  • Desenvolvimento Regional
  • Economia
  • Educação
  • Infraestrutura
  • Justiça e Segurança Pública
  • Meio Ambiente
  • Minas e Energia
  • Mulher, Família e Direitos Humanos
  • Relações Exteriores
  • Saúde
  • Trabalho e Previdência
  • Turismo
  • Controladoria-Geral da União
  • Secretaria-Geral da Presidência
  • Secretaria de Governo
  • Gabinete de Segurança Institucional
  • Advocacia-Geral da União

Em caso de derrota, o governo Lula não poderia enviar uma nova MP com o mesmo teor. Uma saída seria apresentar um projeto de lei, que teria de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Segundo Arthur Lira, “há uma insatisfação generalizada” de deputados e senadores “com a falta de articulação política do governo, não de um ou outro ministro”.

“Não é por culpa do Congresso. Se hoje o resultado não for de aprovação ou votação da medida provisória, não deverá a Câmara ser responsável pela falta de organização política do governo”, disparou. “O presidente Lula me ligou de manhã, expliquei a ele as dificuldades que o governo dele tem. O problema não é da Câmara ou do Congresso. O problema está na falta ou ausência de articulação. Não tenho mais como empenhar.”

Lira afirmou ainda que a gestão Lula tem apenas cerca de 130 votos “constantes” na Câmara e indicou que a MP não entrou em votação na terça-feira 30 porque não haveria votos para aprová-la.“Se não houver votos, penso que a matéria não será nem votada”, completou o deputado.

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