CartaExpressa
Em vitória de Haddad, Lula veta prorrogação da desoneração da folha na íntegra
Renúncia com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de R$ 9,4 bilhões


O presidente Lula (PT) decidiu vetar integralmente o projeto de lei que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamentos. O veto deve ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira 23.
O veto é uma vitória de Fernando Haddad (Fazenda), já que a negativa para a renovação dos incentivos a 17 setores da economia ajuda no cumprimento das metas fiscais do próximo ano. O presidente deixou para vetar o texto no limite do prazo, que se encerraria nesta quinta.
A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.
A ideia é que esse mecanismo reduza os encargos trabalhistas dos setores desonerados e estimule a contratação de pessoas. Agora, com veto, o benefício acaba em 31 de dezembro de 2023.
Segundo o Ministério da Fazenda, a renúncia com a desoneração no setor privado é estimada em cerca de 9,4 bilhões de reais.
O benefício existe desde 2012. Com ele, os contemplados pagam alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Governo decidiu manter a meta fiscal zero para 2024, diz relator da LDO
Por Victor Ohana
Secretário de Haddad projeta relação ‘correta’ com a Argentina de Milei: ‘Governar é outra realidade’
Por CartaCapital