Política

Em visita à Guiana, Lula diz que o Brasil ‘não quer contencioso com nenhum país do mundo’

Brasileiro se encontrou com Mohamed Irfaan Ali, presidente da Guiana, e deve se reunir com o venezuelano Nicolás Maduro na sexta-feira; os dois travam um embate pela região de Essquibo, que o Brasil tenta mediar

Foto: Keno GEORGE / AFP
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta quinta-feira 29, com o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, na capital do país, Georgetown.

Durante coletiva, o petista citou os esforços para alcançar um maior desenvolvimento econômico da América do Sul, que perpassam necessidade de infraestrutura e integração entre os países.

“Nós temos um compromisso com a integração do nosso continente. Além do Brasil e da Guiana, outros países da América do Sul, com o objetivo de se chegar ao Pacífico, reduzindo em 10 mil quilômetros a distância do nosso comércio com a China”, disse.

No encontro, os presidentes conversaram sobre a disputa do país sul-americano com a Venezuela pelo território de Essequibo, além de falarem sobre a descoberta de reservas de gás natural e petróleo e sobre a exploração responsável com o meio ambiente. Na ocasião, Lula ressaltou a necessidade de se manter a paz no continente, postura repetida na coletiva.

“A nossa integração com a Guiana faz parte da estratégia do Brasil de ajudar, não apenas no desenvolvimento, mas trabalhar intensamente para que a gente mantenha a América do Sul como uma zona de paz no planeta Terra. Nós não precisamos de guerra”, afirmou.

“Esse é o papel que o Brasil pretende jogar na América do Sul e no mundo. Todo mundo sabe que o Brasil é contra a guerra na Ucrânia, todo mundo sabe que o Brasil é contra o que está acontecendo em Gaza, da mesma forma que fomos contra o ataque terrorismo do Hamas. E todo mundo sabe que o Brasil não tem e não quer contencioso com nenhum país do mundo. O Brasil quer paz, prosperidade, crescimento econômico e melhoria de vida do nosso povo”, emendou.

Nesta sexta-feira 1, Lula viaja para Kingstown, capital de São Vicente e Granadinas, no Caribe, para participar da abertura da cúpula de chefes de Estado e governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

No mesmo dia ainda é esperado um encontro do petista com Nicolás Maduro, chefe de governo da Venezuela. O tema Essequibo e paz no continente devem, então, ser retomados.

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