Política

Em semana decisiva em Brasília, Bolsonaro decide esticar as férias

Em meio a votações da lei orçamentária de 2022, ameaças à Anvisa e discussão sobre a vacinação em crianças, presidente adia seu retorno

Em semana decisiva em Brasília, Bolsonaro decide esticar as férias
Em semana decisiva em Brasília, Bolsonaro decide esticar as férias
Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), decidiu esticar suas férias no litoral de São Paulo e deverá retornar à Brasília somente para o Natal. O retorno estava previsto para essa quinta-feira 23.

O presidente tem aproveitado as suas férias para encontrar apoiadores e passear de jet ski. 

Enquanto isso em Brasília, o Congresso discute a aprovação da Lei Orçamentária para 2022, o que definirá as prioridades para o último ano de governo Bolsonaro. 

Com a notícia que os reajustes prometidos não foram contemplados no orçamento, delegados de cargos de confiança da Receita Federal pediram exoneração. Mais de 360 servidores já deixaram as funções.

Nos ministérios o clima também não é dos mais amenos. 

O governo ainda não se manifestou sobre as ameaças sofridas por diretores da Anvisa que recomendaram a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos. 

Nesta quinta-feira o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que os óbitos de crianças por Covid-19 no Brasil estão em um “patamar que não implica em decisões emergenciais”. Apesar do tom despreocupado do ministro, a cada dois dias uma criança morre em decorrência da doença. 

Em meio a chegada da variante Ômicron o governo oficializou a realização de uma consulta pública para discutir a vacinação em crianças de 5 a 11 anos. 

Apesar da pauta agitada em Brasília, o presidente chegou a ser filmado dançando funk em um barco com ao menos mais quatro pessoas. A música era uma paródia escrita para enaltecer o presidente e com pitadas de misoginia e ofensas às mulheres de esquerda.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo