Política

Em novo ataque ao TSE, Bolsonaro diz que contratará empresa para ‘fazer auditoria na eleição’

Em transmissão nas redes, o ex-capitão declarou que as Forças Armadas ‘não vão fazer o papel de chancelar apenas o processo eleitoral’

Em novo ataque ao TSE, Bolsonaro diz que contratará empresa para ‘fazer auditoria na eleição’
Em novo ataque ao TSE, Bolsonaro diz que contratará empresa para ‘fazer auditoria na eleição’
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o PL – partido ao qual é filiado – contratará uma empresa “para fazer auditoria nas eleições”. Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira 5, voltou a mencionar o papel das Forças Armadas no processo eleitoral e repetiu que os militares não se limitarão a chancelar o resultado.

O ex-capitão, que não forneceu quaisquer indícios de irregularidades no sistema eleitoral, afirmou que a auditoria começará antes do pleito.

“A empresa vai pedir ao TSE uma quantidade grande de informações. Vai pedir às Forças Armadas o trabalho feito até agora. Pode acontecer, em poucas semanas de trabalho, de essa empresa chegar à conclusão de que, dada a documentação que tem nas mãos e o que já foi feito para melhor termos eleições livres de qualquer suspeita, é impossível auditar e não aceitar fazer o trabalho. Olha a que ponto nós vamos chegar”, disse Bolsonaro na live. “Devemos dar satisfação.”

As Forças Armadas foram convidadas pelo Tribunal Superior Eleitoral a manter uma pessoa na Comissão de Transparência Eleitoral, que também conta com representantes da Câmara dos Deputados, do Senado, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outros órgãos públicos e da sociedade civil, como universidades e organizações.

Nesta quinta, Bolsonaro voltou a declarar que os militares “não vão fazer o papel de chancelar apenas o processo eleitoral ou de participar como espectadoras do mesmo”. Ele seguiu seu ministro da Defesa, o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, e cobrou do presidente do TSE, Edson Fachin, a divulgação das sugestões apresentadas pelas Forças Armadas à CTE sobre o processo eleitoral.

“O TSE carimbou de confidencial as sugestões propostas pelas Forças Armadas para que se reduzisse ao máximo a possibilidade de fraude. O senhor Barroso disse há pouco tempo que as urnas eram inexpugnáveis. Ora, se não são passíveis de fraude, por que esconder da população essas sugestões das Forças Armadas?”

O ex-capitão acrescentou que os militares “fizeram um trabalho bastante acurado” e emendou: “Entendo que o atual presidente do TSE, ministro Fachin, teria que agradecer, tomar as providências, debater, discutir com a equipe das Forças Armadas, para que as eleições não fossem realizadas sem qualquer suspeição de irregularidades”.

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