Política
Em meio a violência política, Bolsonaro diz que varrerá o PT ‘para o lixo da história’
Durante ato eleitoral, o ex-capitão também repetiu clichês da extrema-direita sobre comunismo e propriedade privada
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a fazer graves ataques ao PT, de Lula, o líder das pesquisas de intenção de voto.
Durante ato em Araguatins (TO), Bolsonaro se referiu ao partido como uma “praga que sempre está contra a população”.
“Esse pessoal não produz nada, só gera desgraça para o povo brasileiro. Com essa nossa reeleição (…), varreremos para o lixo da história esse partido dito dos trabalhadores, mas na verdade é composto por desocupados”, afirmou o ex-capitão.
Ele ainda tornou a resumir o pleito deste ano como uma luta “do bem contra o mal” e repetiu clichês da extrema-direita, sem qualquer evidência a sustentar as alegações.
“O lado de lá quer o comunismo, quer desarmar o povo de bem do Brasil, quer a ideologia de gênero, quer liberar as drogas, quer legalizar o aborto e não respeita a propriedade privada, tampouco a nossa família.”
As afirmações ocorrem no dia em que foi noticiada a morte de um apoiador de Lula por um bolsonarista em Mato Grosso. Rafael de Oliveira, defensor de Bolsonaro, assassinou Benedito Cardoso dos Santos em Confresa, a 1.160 quilômetros de Cuiabá, entre a noite da quarta 7 e a madrugada da quinta 8.
O autor do crime passou por uma audiência de custódia e a Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva. Segundo a polícia, Rafael confessou ter matado a facadas o colega de trabalho. Ele ainda tentou decapitar a vítima e filmou o corpo após o crime.
Rafael admitiu, em depoimento nesta sexta 9, que a discussão começou após a vítima defender Lula.
O PT divulgou uma nota oficial para repudiar o assassinato. Segundo o partido, “a incitação de Jair Bolsonaro ao ódio e à violência política fez mais uma vítima fatal nesta semana do 7 de Setembro”.
Lula, por sua vez, classificou o fato como “gravíssimo” e pediu que polícia e Justiça Eleitoral analisem o episódio com atenção, “para ver se isso tem ordem, se tem orientação, se é estratégia de política”.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.