Política

Em meio a racha entre Ciro e Cid, PDT nacional assume o diretório da sigla no Ceará

A articulação tenta evitar uma eventual aliança com o PT no estado

Racha na família Gomes - Cid e Ciro brigaram nas eleições de 2022 e agora travam nova disputa pelo comando do PDT no Ceará - Waldemir Barreto/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

Diante da crise aberta com a disputa pelo comando do PDT no Ceará, a Executiva Nacional da legenda decidiu, por sete votos a zero, tomar para si as competências da gestão estadual durante reunião em Brasília nesta segunda-feira 3. A articulação tenta evitar uma eventual aliança com o PT no estado.

Presidente licenciado do PDT, o ministro Carlos Lupi (Previdência) também participou do encontro. Atualmente, o diretório cearense está sob o comando do deputado federal André Figueiredo.

A crise remonta a disputa pelo governo estadual em 2022, mas tem como pano de fundo o racha entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e mira as eleições municipais do ano que vem.

À época da campanha, Ciro defendia lançar o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio na corrida pela sucessão, enquanto o senador apoiava Izolda Cela, então governadora – que também contava com apoio dos petistas. A decisão do PDT de ter candidato próprio pôs fim à aliança com o PT e aprofundou a cisão no clã Ferreira Gomes.

Agora, ambos travam uma nova disputa pela presidência da sigla no estado. De um lado, Ciro defende a manutenção de Figueiredo no cargo. Do outro, Cid trabalha para retomar a aliança com o PT cearense.

Funcionaria assim: os pedetistas voltariam a integrar a base de apoio ao governador Elmano Freitas e, em troca, os petistas apoiariam um candidato do PDT à prefeitura de Fortaleza.

A ala ligada ao senador articulou a realização de uma assembleia na próxima sexta-feira com objetivo de destituir Figueiredo da presidência do diretório. Agora, com a decisão da executiva nacional, o encontro não deve acontecer.

Durante conversa com jornalistas após a reunião, o atual presidente do PDT cearense chamou a articulação de Cid de “ilegal”, sugeriu ser vítima de “golpe” e disse que o movimento dissidente poderia causar “consequências imprevisíveis”.

“Se eu sou presidente do PDT até 31 de dezembro 2023 na certidão emitida pela Justiça Eleitoral e não há previsão estatutária de reunião de diretório para destituir executiva legitimamente eleita para um mandato, a tradução é muito simples”, pontuou.

Procurado por CartaCapital, o senador Cid Gomes disse que não irá se manifestar sobre o assunto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo