Política

Em Diadema, Lula volta a falar na importância de eleger maioria de esquerda no Congresso

Petista diz que levar mais deputados negros e mulheres para ocupar cadeiras no Legislativo são tarefas de primeira ordem para o eleitor de esquerda

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Lula (PT) voltou a defender neste sábado 9 a formação de uma maioria progressista e de esquerda no Congresso Nacional. Declarações semelhantes à feita durante um ato em Diadema (SP) já havia sido feitas em outras ocasiões, quando o petista condicionou o sucesso de seu provável novo governo a ampliação da ‘base democrática’ na Câmara e no Senado.

“É muito importante a gente eleger deputado, mas é muito mais importante saber que tipo de deputado estamos elegendo, qual compromisso que essa pessoa tem e o que ela pensa do conjunto da sociedade brasileira”, destacou o petista. “Às vezes você vota em uma pessoa colocando uma raposa para cuidar do galinheiro”, alertou em seguida.

Lula também reforçou que este perfil defendido por ele é de maioria negra e feminina. Segundo defendeu, essa eleição é uma oportunidade de formar, pela primeira vez na história, um Congresso que represente na prática a maioria da população.

“Talvez esse ano a gente eleja a maior bancada da história do Congresso de negros e negras nesse País”, celebrou. “Temos obrigação de mudar a história”, afirmou Lula em outro trecho.

Sobre ampliar a votação em deputadas e senadora, ele destacou ser uma forma de tirar o discurso da igualdade do papel. “A gente não vai criar o mundo justo da boca pra fora. É preciso parar com a farsa de comportamento, precisamos ser parceiros de verdade.”

No discurso, Lula ainda criticou que Jair Bolsonaro (PL) tenha concedido benefícios sociais apenas temporariamente, com viés eleitoral e não pensando em políticas públicas permanentes. Sobre a PEC eleitoral, que visa ampliar o vale-gás, o Auxílio Brasil e conceder um ‘pix caminhoneiro’ até dezembro, destacou:

“Ora, esse fascista pensa que o povo pode ser tratado como ignorante ou gado, que ele acha que vai comprar dando um programa para seis meses. Se o dinheiro cair na conta peguem e comprem o que comer, na hora de votar, dê uma banana neles e votem para gente mudar a história desse País”, aconselhou o ex-presidente.

“Não recusem o dinheiro. Se cair, pegue e compre comida. Na hora do voto é preciso votar em quem vai cuidar do País definitivamente”, reforçou em seguida.

O petista também voltou a defender políticas de combate à fome e a mudança na legislação trabalhista para valorizar profissionais mais vulneráveis como entregadores. Ele ainda voltou a se comprometer com a derrubada do teto de gastos.

Alckmin

Candidato a vice na chapa com Lula, Geraldo Alckmin (PSB) também aproveitou parte do discurso para celebrar a participação feminina na política. Conforme defendeu, será o voto das mulheres que irá ajudar a derrotar Bolsonaro.

“Política é substantivo feminino, não tem política sem mulher, são as mulheres que vão decidir essa eleição”, destacou Alckmin. “O que está em risco hoje é o estado democrático, mas vamos nos inspirar nos heróis do passado para pôr para correr esse fascistóide e defender a democracia”, acrescentou mais adiante.

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