Em despedida no STF, Aras critica ‘narrativas inverídicas’ sobre sua gestão na PGR

O procurador-geral da República encerra seu mandato na semana que vem; o novo indicado ainda não foi escolhido por Lula

O PGR, Augusto Aras, no STF. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

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Em sua despedida no Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Augusto Aras, aproveitou para defender a sua gestão à frente do órgão, nesta quinta-feira 21. O mandato do PGR termina em 26 de setembro e ele tem poucas chances de ser reconduzido ao cargo pelo presidente Lula (PT).

“Os desafios dos últimos quatro anos foram adicionalmente cercados por incompreensões e falsas narrativas, dissonantes com o trabalho realizado, documentado e publicizado, e agora também organizado no relatório final de gestão que recém divulgamos”, alegou Aras.

Segundo ele, a impressão negativa sobre sua gestão está ligada à expectativa de que a PGR encampasse projetos políticos. 

“Ao Ministério Público, tal como ao Judiciário, a Constituição veda expressamente a atividade político-partidária. Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda, mas garantir a todos Justiça, liberdade, igualdade e dignidade, no âmbito da Ordem Jurídica”, prosseguiu.

Aras criticou o que chamou de “narrativa inverídica de alguns sobre a pandemia” e recomendou a leitura do livro Ações que Salvam, com um balanço do órgão no combate à Covid-19. 

Lula já deixou claro que não pretende seguir a lista tríplice elaborada por entidades ligadas à PGR. Entre os favoritos para chefiar o órgão estão o subprocurador Antônio Carlos Bigonha e o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco. 


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