Em Davos, Haddad diz que governo Lula impedirá o avanço da extrema-direita

Em painel sobre a América Latina, o ministro da Fazenda esteve ao lado de Marina Silva, titular do Meio Ambiente

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira 17, durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que o governo do presidente Lula (PT) será “bem sucedido” em impedir que a extrema-direita no Brasil ameace a democracia.

“Hoje, [o presidente] conta como uma base de sustentação, que apesar da sua relativa fragilidade, em virtude da maneira como os partidos se organizam no Brasil, ela é robusta o suficiente para enfrentar os desafios que a extrema-direita acabou por nos fazer enfrentar”, disse o ministro, que lembrou os atos terroristas em Brasília. “A resposta do dia 8 de janeiro foi uma institucialmente muito importante. Todos os governadores eleitos e os três poderes da República tomando as medidas cabíveis para pôr ordem na bagunça”.

O petista destacou, no entanto, que não é confortável para o governo ter congressistas da oposição extremistas eleitos na esteira da popularidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Eu vejo essa questão com preocupação em virtude que não é confortável ter uma oposição extremista”, acrescentou. “Tudo que nós precisamos é ter partidos comprometidos com a democracia se alternando no poder, infelizmente não é disso que se trata no Brasil”.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva pontuou que, apesar de o crescimento da extrema-direita ser um fenômeno mundial, é necessário dispor de esforços internos para estabilizar a democracia.

“Não queremos nos confortar com a visão de que o que aconteceu no Brasil também aconteceu nos outros lugares”, afirmou. “Tivemos capacidade de resposta em poucas horas, isso demonstra que as instituições estão fortalecidas e de que mesmo com uma sociedade dividida”.


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