“Ele não”, protesta aluna de colégio militar homenageada pelo governo

Marina Reis disse que é 'completamente contra' Bolsonaro: 'não me associem ao ódio que esse homem prega'

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O presidente Jair Bolsonaro parece não estar com a popularidade tão em alta entre os alunos de escolas militares. Homenageada “pelo seu desempenho e defesa de valores éticos e morais da instituição”, Marina Reis, aluna do Colégio Militar da Tijuca, Zona Norte do RJ,  reclamou na rede social após ter seu depoimento postado em um vídeo no Twitter oficial do Planalto.

Ela foi homenageada na segunda-feira 6, durante a comemoração dos 130 anos da instituição. O presidente participou da cerimônia e foi recebido por um protesto de alunos, famílias e professores contra o corte de verbas para as universidades federais.


Em seguida, a estudante foi até seu Twitter e respondeu a postagem do Planalto pedindo para excluir o vídeo da página e dizendo que é “totalmente contra Bolsonaro”. “Ele não, ele nunca”, disparou a estudante.

A valorização dos colégios militares é uma das grandes bandeiras do governo, considerado modelo de ensino rígido e disciplina. Mas essas qualidades não são para todos. Estima-se que cada aluno militar custe aos cofres públicos três vezes mais que um estudante da rede pública. Há apenas treze colégios militares no Brasil — os colégios têm piscina, laboratórios, salas e professores bem remunerados. Filhos de militares têm prioridade na matrícula.

A tesourada no orçamento das universidades e institutos federais, anunciada pelo Ministério da Educação, não chegará aos colégios militares. A informação foi repassada pelo porta-voz da presidência Otávio Rêgo Barros, em coletiva na noite de segunda-feira 6.

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