O governador de São Paulo, João Doria, afirmou neste domingo 27 que uma articulação de parte do PSDB para retirá-lo da disputa presidencial é um “golpe” e uma “tentativa de corroer a democracia”.
Em novembro do ano passado, Doria derrotou Eduardo Leite e Arthur Virgílio nas prévias tucanas, mas, diante de seu fraco desempenho nas pesquisas, integrantes do PSDB não escondem a defesa de um recuo por parte do paulista.
“Diante de prévias realizadas com o amparo da Justiça Eleitoral, com investimentos também registrados na Justiça Eleitoral – foram 10 milhões de reais investidos para que o partido fizesse suas prévias – as prévias valem”, disse Doria em coletiva de imprensa. “Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB.”
Para se confirmar como candidato à Presidência, Doria terá de deixar o governo de São Paulo até 2 de abril. Em seu lugar, assumirá o vice Rodrigo Garcia, pré-candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
Pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira 24 mostra um cenário desolador para a terceira via. Enquanto Lula vai a 43% e Jair Bolsonaro a 26%, nenhum outro candidato chega a 10% das intenções de voto. Mas a situação é particularmente delicada para Doria.
No principal cenário, ele soma apenas 2% das intenções e está distante do terceiro colocado, Sergio Moro (8%), e empatado no limite da margem de erro com o quarto, Ciro Gomes (6%).
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