Uma reunião da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica teve de ser encerrada nesta terça-feira 8 por falta de quórum, após dois diretores deixarem o encontro em protesto pela escolha do novo procurador-geral de Justiça junto à Aneel.
A indicação de Paulo Firmeza Soares entrou na mira de diretores, que criticam a ausência de diálogo na condução do processo de escolha.
Por causa das divergências, Fernando Mosna e Ricardo Tili abandonaram a reunião.
“Há, sim, um descontentamento, mas não quanto ao nome, quanto ao modo de condução do diretor-geral em relação a essa vaga em particular, à forma como o diretor-geral preferiu fazer todos os movimentos às escondidas dos outros diretores”, pontuou Mosna durante o encontro.
A concretização da escolha é uma prerrogativa da Casa Civil, após indicação da Advocacia-Geral da União. Para Mosna, contudo, a decisão também deveria passar pelo aval dos diretores da Aneel e do Ministério de Minas e Energia.
Procurada pela reportagem, a AGU argumentou em nota que Paulo Firmeza “foi escolhido para o cargo com base em critérios técnicos e no perfil profissional do procurador, que tem uma trajetória reconhecida e ampla experiência no setor da regulação”.
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