Dino não descarta ser vice de Lula e diz que os progressistas têm de atrair ‘o centro da sociedade’

A CartaCapital, o governador do Maranhão e novo integrante do PSB também frisou a importância de PDT e PT manterem 'portas abertas'

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O governador do Maranhão, Flávio Dino, reforçou que o ex-presidente Lula não teve qualquer influência em sua decisão de trocar o PCdoB pelo PSB e destacou um diálogo “bastante antigo” com a nova sigla. Em entrevista ao canal?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> de CartaCapital nesta segunda-feira 21, Dino citou a amizade com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014.

“Tenho muita proximidade com o PSB no nosso estado, uma vez que caminhou conosco em seguidas eleições. E, agora, há fatores legais que conduzem a uma redução no número de partidos no Brasil, então acho que a tendência de fusões, federações e uniões se dará muito fortemente nos próximos anos”, declarou.

 

 

Dino confirmou que o cenário mais provável envolve sua candidatura ao Senado em 2022, mas não descartou a possibilidade de, se convidado, ser postulante a vice-presidente em uma chapa encabeçada por Lula, a depender da posição do PSB.


“Candidatura a vice não existe, porque isso depende de uma articulação política ampla e da vontade do titular. Como hipótese, sim, da minha parte seria uma hipótese bem-vinda, mas não é algo objeto de planejamento, de articulação, de sonho, nada desse tipo”, explicou.

Na entrevista, o governador maranhense também analisou outros personagens relevantes nas discussões sobre 2022, como o ex-ministro Ciro Gomes, provável candidato do PDT ao Planalto. Dino citou as eleições de 2018 e disse esperar que, se Ciro for confirmado na disputa, “não haja um posicionamento muito beligerante, porque isso dificulta a formação de palanques estaduais e um eventual 2º turno”

“Penso que o PDT, até por sua posição histórica, liderada pelo saudoso estadista Leonel Brizola, é importante que mantenha algum tipo de portas abertas, canais abertos com os demais partidos, sem prejuízo de meu amigo Ciro Gomes disputar a eleição. Se disputar, que não seja com uma atitude muito beligerante, porque creio que isso não é condizente com a trajetória do PDT”, acrescentou.

Questionado sobre a possibilidade de Lula conquistar o apoio de parte das siglas que se consideram de centro, Dino avaliou que mais importante do que avançar sobre os partidos é atrair “o centro da sociedade, ou seja, as pessoas que não têm posição matizada”.

“[Que] Lula, ou quem venha a ser o candidato do nosso campo, tenha a capacidade de ter identidade, mas ter abertura para ouvir outras demandas, apresentar um programa mais amplo que os limites da esquerda, e com isso atrair esse centro social. As ‘letrinhas’ são uma consequência”, completou, em referência aos partidos.

Assista à íntegra da entrevista:

 

 

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