Política

Dilma: em viagem ao Ceará, Bolsonaro conseguiu ser pior que ele mesmo

Segundo a ex-presidenta, além de desprezar o uso de máscara e ignorar o distanciamento social, o presidente ‘chantageou’ governadores

Registro da viagem de Bolsonaro a Fortaleza (CE) na sexta-feira 26 de fevereiro. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
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A ex-presidenta Dilma Rousseff criticou, em nota divulgada neste sábado 27, a conduta do presidente Jair Bolsonaro durante viagem ao Ceará na última sexta. Segundo ele, o “negacionista se superou: conseguiu ser pior do que ele mesmo, pois causou aglomerações e desprezou o uso de máscara para enfrentar a pandemia.”

Segundo Dilma, Bolsonaro também voltou a minimizar a gravidade da Covid-19 e “chantageou os governadores, dizendo que se eles restringissem a circulação de pessoas e adotassem o necessário distanciamento social para evitar o contágio e as mortes deveriam assumir o pagamento do auxílio emergencial.”

Ela também pediu ao Congresso Nacional que, ao votar a PEC Emergencial – contrapartida solicitada pelo governo para uma nova rodada do auxílio -, elimine a possibilidade de a gestão federal usar o benefício “para incentivar o negacionismo quanto à pandemia, chantageando governadores.”

“Precisamos de um mutirão pela vida. Um pacto capaz de impor o uso obrigatório de máscaras, distanciamento social, veto a aglomerações, auxílio emergencial até o fim da pandemia e vacinas para todos, já”, finalizou Dilma.

Na manhã desta sexta-feira 26, Bolsonaro voltou a ignorar o distanciamento social ao se juntar a eleitores na passagem pelo Ceará. O presidente chegou a discursar para apoiadores, atacando governadores que adotam medidas de distanciamento social para conter o avanço do novo coronavírus.

“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar seu estado, o governador que destrói emprego, ele é quem deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do Presidente da República essa responsabilidade”, afirmou Bolsonaro.

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