Política

Devemos ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica a manutenção da democracia, diz Múcio

O ministro da Defesa conversará com os comandantes das Forças Armadas após delação de Cid

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
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Após informações de que a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid envolve militares em uma tentativa de golpe ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou nesta quinta-feira 21 ser necessário “separar culpados dos suspeitos”.

À PF, Cid confirmou que Bolsonaro se reuniu com representantes do Alto Comando das Forças Armadas para discutir detalhes de uma minuta golpista que inviabilizaria a posse de Lula. A informação foi revelada pelo UOL.

Segundo Múcio, porém, os comandantes não embarcaram na conspiração.

“Devemos ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica a manutenção da nossa democracia”, disse. “A aura de suspeição coletiva nos incomoda, mas as informações que saíram hoje são relativas a comandantes passados. Não mexe com ninguém que está na ativa. Ficamos sempre torcendo que essas coisas tenham fim. É ruim trabalhar num manto de suspeição. Quem não tem nada a ver com isso se sente incomodado. De uma coisa tenho certeza cristalina: o golpe não interessou em momento nenhum às Forças Armadas. São atitudes isoladas.”

Múcio defendeu ainda a identificação de militares envolvidos no plano golpista para puni-los, de modo a diminuir o clima de desconfiança sobre as Forças Armadas e a tensão pós-8 de Janeiro.

O ministro pretende se reunir ainda nesta semana com os comandantes militares.

Segundo a delação de Cid, apenas o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, teria apoiado a ideia de golpe. O então chefe do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, afirmou por sua vez que não embarcaria no plano, segundo o tenente-coronel.

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