Política

Desembargador anuncia aposentadoria e critica discurso de Moraes no TSE: ‘Declaração de guerra’

O vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Sebastião Coelho da Silva, disse que Moraes inflamou o país ao discursar no Tribunal Superior Eleitoral

O ministro Alexandre de Moraes, do STF e do TSE. Foto: Fellipe Sampaio/STF
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O vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, o desembargador Sebastião Coelho da Silva, anunciou a sua aposentadoria na sexta-feira 20, durante uma reunião com integrantes do TRE-DF, e atrelou a decisão ao discurso do ministro Alexandre de Moraes no momento de sua posse ao Tribunal Superior Eleitoral, o qual considerou como ‘declaração de guerra’.

Durante a reunião, o desembargador manifestou descontentamento com o TSE e disse que isso o impediria de continuar na carreira. “Há muito tempo, não estou feliz com o Supremo Tribunal Federal. Então, quem não está feliz com o órgão, não pode continuar”, declarou, ao manifestar descontentamento com Moraes.

‘“Esperava, sinceramente, que o eminente ministro aproveitasse a presença dos principais candidatos, dos ex-presidentes da República e do presidente da República para fazer uma conclamação de paz para a nação. Mas ao contrário, o que eu vi, ao meu sentir, o eminente ministro Alexandre de Moraes fez uma declaração de guerra ao país”.

O desembargador disse ainda que o discurso do ministro ‘inflama’ o País.

“O seu discurso é um discurso que inflama, é um discurso que não agrega, e eu não quero participar disso, senhor presidente”, completou, ao dizer que, enquanto estiver no cargo cumprirá a Constituição e não ‘discurso de ministro’.

Em sua posse no TSE, no último dia 16, o ministro Alexandre de Moraes prometeu dura reação à divulgação de fake news nas eleições, além de defender o sistema eleitoral brasileiro. “Deve ser garantida aos candidatos a ampla liberdade de expressão e manifestação, possibilitando ao eleitor pleno acesso às informações necessárias para exercício da livre e consciente destinação do seu voto”.

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