Deputados vão ao STF e à PGR por prisão preventiva de Bolsonaro após esconderijo em embaixada

Representações estão nas mãos de Alexandre de Moraes e Paulo Gonet

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/Poder360/AFP

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Deputados federais acionaram o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República para solicitar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a divulgação da notícia de que ele se abrigou na embaixada da Hungria no Brasil em fevereiro.

Luciene Cavalcante (PSOL-SP) encaminhou uma representação ao ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira 25, depois de o jornal The New York Time revelar que o ex-capitão passou duas noites na representação húngara em Brasília.

As gravações mostram que Bolsonaro chegou à embaixada em 12 de fevereiro, acompanhado de dois seguranças, e lá permaneceu por dois dias. Em 8 de fevereiro, a PF havia deflagrado uma operação sobre a trama golpista para impedir a posse de Lula (PT) em 2022.

 

Na demanda encaminhada ao STF, Luciene sustenta que, ao acionar a embaixada do país comandado pelo extremista de direita Viktor Orbán, Bolsonaro teria descumprido o objetivo da apreensão de seu passaporte e sinalizado uma tentativa de deixar o território nacional para evitar a prisão.

A parlamentar do PSOL cita ainda a jurisprudência da própria Corte, no sentido de que a “tentativa de obtenção de asilo político pode significar a intenção de evadir-se da aplicação da lei penal, justificando a manutenção da prisão preventiva”.


Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) enviou uma representação ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, na qual afirma que a conduta de Bolsonaro “indica claramente uma tentativa de blindagem com apoio de governo estrangeiro, na perspectiva de se furtar à aplicação da lei penal”.

“Desse modo, estão presente alguns dos pressupostos que fundamentam a decretação da prisão preventiva.”

Em nota, a defesa do ex-presidente disse que ele esteve no local para “manter contato com autoridades do país amigo”.

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1 comentário

joao medeiros 27 de março de 2024 20h14
Qual o interesse do NYT em publicar está matéria, está parecendo uma armadilha o tempo do bolsonaro e asseclas já está escrito nas estrelas. As provas e fatos são conhecidas e reais.

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