Política

Deputados querem General Heleno na Câmara para esclarecer ameaças de sargento do GSI

Ronaldo Ribeiro Travassos defendeu, em gravações, o golpe militar e o assassinato de eleitores petistas

Ronaldo Ribeiro Travassos, militar do GSI Imagem: Reprodução/Redes Sociais
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A bancada do PT na Câmara protocolou, nesta terça-feira 29, um requerimento pedindo a convocação do General Augusto Heleno, ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, para prestar esclarecimentos sobre as ameaças de golpe militar feitas pelo primeiro-sargento da Marinha Ronaldo Ribeiro Travassos. 

O militar gravou e compartilhou vídeos em que incita o golpe de Estado a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL), além de incentivado militantes a protestarem na porta dos quartéis das Forças Armadas. 

Nos áudios, Travassos afirma que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomará posse em 1º de janeiro e incita o assassinato dos eleitores do petista.

O pedido destaca que Travassos é militar da ativa, razão pela qual não poderia participar de manifestações político-partidárias. A participação de agentes de segurança em manifestações politico-partidárias é vedada pela Constituição de 1988 e pelo Estatuto dos Militares. 

Os requerimentos foram apresentados nas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP); Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN); Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

A bancada petista também acionou o Supremo Tribunal Federal para investigar a participação do militar nos atos antidemocráticos em frente a quartéis das Forças Armadas. 

O partido alega que Ronaldo Ribeiro Travassos faz parte de organização criminosa que atua contra o Estado Democrático de Direito, e pedem que seja investigado e afastado das funções que exerce no GSI, além de proibido de participar de atos antidemocráticos, sob pena de prisão. 

“São ações graves que precisam ser precocemente reprimidas pelos instrumentos legais e constitucionais à disposição da sociedade brasileira, de modo que a ordem prevaleça e o ódio capitule, como deve ocorrer numa sociedade democrática e pluralista”, justificam.

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