Política

Deputados do Republicanos temem perda de espaço e rejeitam federação com PP e União Brasil

A palavra final sobre a aliança, contudo, será da executiva nacional da sigla, que ganhou força com Hugo Motta na chefia da Câmara

Deputados do Republicanos temem perda de espaço e rejeitam federação com PP e União Brasil
Deputados do Republicanos temem perda de espaço e rejeitam federação com PP e União Brasil
Bancada do Republicanos na Câmara se reúne em 4 de fevereiro de 2025. Foto: Douglas Gomes/Lid Republicanos
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A bancada do Repuublicanos na Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira 4 a possibilidade de o partido integrar uma super-federação com PP e União Brasil. O tema esteve em discussão em um encontro que contou com a presença de Hugo Motta (PB), novo presidente da Casa. A palavra final sobre a aliança, contudo, será da executiva nacional da sigla.

Pesou na decisão, de acordo com caciques partidários ouvidos por CartaCapital, o fato de o Republicanos ter saído vitorioso da disputa pelo comando da Câmara. A união, na avaliação dessas fontes, poderia ser prejudicial à legenda, que teria de dividir espaço com as demais siglas e poderia perder o controle sobre os diretórios municipais e estaduais.

Desde o ano passado, as cúpulas dos três partidos conversam para tentar selar o acordo. Se prosperar, a federação terá a maior bancada na Câmara (153 deputados) e do Senado (17 representantes). A ideia de unir as siglas do Centrão surgiu em 2022, após a eleição presidencial, mas ainda não foi adiante por entraves regionais.

Na reunião desta terça, apenas representantes do Republicanos no Rio Grande do Norte disseram concordar com a aliança.

Desde 2017, as coligações foram extintas nas eleições proporcionais, que escolhem deputados e vereadores. No entanto, a legislação continuou a permitir a união de partidos em torno de uma única candidatura nas disputas majoritárias (para presidente, senador, governador e prefeito).

Com a criação das federações, instituída em 2022, os partidos podem se unir na disputa por qualquer cargo, desde que permaneçam assim por todo o mandato conquistado. A federação vale para eleições majoritárias e proporcionais.

A principal diferença entre os modelos, portanto, é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas nas coligações valem apenas até a eleição e podem ser desfeitas logo em seguida. Hoje, três registros de federações partidárias estão em vigor: PT-PCdoB-PV, Rede-PSOL e PSDB-Cidadania.

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