Política

Deputados do PL que votaram a favor da reforma tributária cogitam sair do partido por perseguição de bolsonaristas

Votação da reforma governista causou discussões dentro da legenda e enfrentamento entre as duas alas do partido

Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Reprodução
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Deputados do PL que votaram com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a aprovação da reforma tributária na Câmara planejam sair da legenda por perseguição da ala bolsonarista do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Dos 99 deputados da legenda, 20 votaram a favor da mudança no sistema de impostos do País. 

A ala dissidente tem sido chamada de “nacional”. O grupo tem o perfil mais pragmático, buscando transparecer a ideia de uma oposição responsável, enquanto a ala bolsonarista segue a cartilha ideológica da extrema-direita.

Segundo apuração do UOL, a ala nacional traça planos para deixar a sigla após a aprovação do Orçamento de 2024. Isso porque a relatoria do Orçamente está com o deputado do PL, Luiz Carlos Motta, o que compromete qualquer movimento antes da votação. 

Frutos políticos para Lula

Diante desse cenário de racha, o governo do presidente Lula deve continuar na busca por ampliar sua base de apoio no Congresso, atraindo, inclusive, parlamentares da direita menos vinculados ao bolsonarismo. 

A aproximação, no entanto, é delicada devido à necessidade de equilibrar as demandas da base bolsonaristas, que ajudou o partido a formar a maior bancada da Câmara e a segunda maior do Senado, com a intenção dos parlamentares que sorriem ao governo federal. 

Na avaliação de alguns caciques do PL, o partido poderia estar prejudicando a si mesmo caso adote a postura bolsonarista, podendo causar um isolamento extremista. 

A dissidência dentro dos diretórios estaduais em que o PL fez as maiores bancadas, como São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina, já está na beira do colapso desde o início do ano. 

É nos estados em que a ala pragmática tem mais força e controla a maioria dos diretórios. 

No Rio, o governador reeleito Cláudio Castro (PL) entrou em rota de colisão com a cúpula da legenda em meio a acenos a Lula durante a visita do presidente ao estado ainda nos primeiros dias de mandato. 

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