Política

Deputado do PL flagrado com maços de dinheiro cometeu crimes de lavagem e peculato, conclui PF

O relatório foi enviado na semana passada ao STF; agora, cabe à PGR avaliar se apresenta uma denúncia contra Josimar Maranhãozinho

Maranhãozinho, aliado de Bolsonaro, cometeu crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, segundo a PF. Foto: Polícia Federal
Apoie Siga-nos no

A Polícia Federal concluiu o inquérito instaurado contra o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA), flagrado em um vídeo manuseando maços de dinheiro que resultariam de um esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares.

A investigação levou a PF a imputar ao deputado os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A informação é do jornal O Globo. O relatório foi enviado na semana passada ao Supremo Tribunal Federal e, agora, cabe à Procuradoria-Geral da República avaliar se apresenta uma denúncia contra o deputado maranhense.

A gravação, que veio à tona em 3 de dezembro, é de outubro do ano passado e foi realizada no escritório de Josimar Maranhãozinho em São Luiz, com autorização do STF, no âmbito da Operação Desacalabro.

Em 1º de dezembro a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em quatro municípios do Maranhão, com aval da ministra Rosa Weber, do STF. A apuração mira o desvio de verbas de prefeituras ligado a emendas parlamentares.

Os mandados foram cumpridos em Zé Doca, Maranhãozinho, Carutapera e São Luís – em Zé Doca, a prefeita, Josina Cunha, é irmã de Josimar. O caso tramita sob sigilo.

Na Operação Descalabro, a PF apontou que Josimar Maranhãozinho indicou 15 milhões de reais em emendas para fundos de saúde administrados por prefeituras. Estas, por sua vez, teriam firmado contratos fictícios com empresas em nome de laranjas. O destinatário do dinheiro seria o próprio deputado.

“Posteriormente essas empresas efetuaram saques em espécie e o dinheiro era entregue ao deputado, no seu escritório regional parlamentar em São Luís”, diz trecho de relatório da PF sobre a operação.

No início de dezembro, Maranhãozinho se manifestou sobre o caso pelas redes sociais.

“Nossos adversários usam esse momento para tentar, mais uma vez, nos agredir, sujar nossa imagem, a nossa honra de homem sério, trabalhador. Todo o Maranhão sabe que, quando eu entrei na política, eu já era empresário, já era pecuarista. Agora, postaram imagens adquiridas ilegalmente de um inquérito que é sigiloso, que ainda vamos ver como eles conseguiram essas imagens”, criticou o deputado, na gravação.

“Mas eles já estão desesperados porque nós já estamos provando, desde o ano passado, a origem das nossas propriedades, porque tudo o que nós temos é declarado, inclusive esse dinheiro em espécie, que está no meu escritório, está no meu Imposto de Renda como todo ano eu declaro”, completou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo