A deputada estadual de São Paulo, Beth Sahão (PT), entrou com um pedido de cassação do mandato do deputado Frederico d’Ávila (PSL), que nesta semana propôs uma homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet no dia de aniversário de sua morte (10 de dezembro).
Após a repercussão negativa da homenagem, o presidente da Alesp, o deputado Cauê Macris (PSDB), proibiu o tributo.
O pedido de Beth, feito no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo, justifica que o parlamentar do PSL cometeu o crime de apologia à tortura. O motivo seria o fato de a ditadura Pinochet ter levado mais de 200 mil pessoas ao exílio e um saldo de três mil mortos e milhares de torturados, além de desaparecidos.
“Promover o ato em sua homenagem, ou tentar a promoção de elogiar um criminoso internacional, e festejar como um prenúncio de que os crimes praticados pelo ditador facínora, o autor da homenagem promove apologia aos seus crimes internacionais”, justifica a deputada.
O deputado Frederico D’Ávila apresenta-se como fruto da “força do setor da agricultura” e destaca em sua biografia o projeto de lei 92/2019, que visa instituir o Programa Cívico-Militar no ensino fundamental e médio da rede pública e privada em São Paulo.
Bolsonarista ávido nas redes sociais e ex-assessor do ex-governador Geraldo Alckimin, Ávila publicou no último dia 15 que não havia “nada para comemorar” em relação à Proclamação da República. “Dia do golpe”, escreveu.
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