Política
Presidente da Alesp proíbe homenagem ao ditador chileno Pinochet
O tributo seria realizado pelo deputado Frederico D’Ávila, do PSL, em decorrência do aniversário de falecimento do general
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Cauê Macris (PSDB) anunciou, na noite desta quarta-feira 20, que vai proibir que seja feita uma homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet. O tributo seria feito pelo deputado Frederico D’Ávila, do PSL, em decorrência do aniversário de falecimento do general, que se dá no dia 10 de dezembro.
Macris respondeu um Twitter da jornalista Daniela Lima, da Folha de S. Paulo, anunciando que assina nesta quinta-feira 21 um ato para impedir a homenagem.
Olá Daniela, assino nesta quinta um ato pra impedir o evento dentro da Alesp. A publicação sairá na sexta (22) no Diário Oficial do Estado. Obrigado!
— Cauê Macris (@cauemacris) November 21, 2019
Augusto Pinochet comandou o Chile entre 1973 e 1990, e esteve a frente do país no período da sangrenta ditadura chilena. Foi no governo dele, também, que medidas de austeridade neoliberais começaram a ser implementadas na América Latina.
O deputado Frederico D’Ávila apresenta-se como fruto da “força do setor da agricultura” e destaca em sua biografia o projeto de lei 92/2019, que visa instituir o Programa Cívico-Militar no ensino fundamental e médio da rede pública e privada em São Paulo.
Bolsonarista ávido nas redes sociais e ex-assessor do ex-governador Geraldo Alckimin, Ávila publicou no último dia 15 que não havia “nada para comemorar” em relação à Proclamação da República. “Dia do golpe”, escreveu.
Se estivéssemos na monarquia, corruptos travestidos de políticos dificilmente teriam espaço na nação. 15 de novembro: nada a comemorar. #monarquiaja #diadogolpe #monarquistas #monarquia #coroa #deputadofredericodavila
— FREDERICO D’AVILA (@DAVILAFREDERICO) November 15, 2019
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