Defesa pede que Anderson Torres possa ficar calado na CPMI do 8 de Janeiro

O depoimento do ex-ministro está marcado para a próxima terça. Advogados querem ainda que ele seja dispensado de utilizar tornozeleira eletrônica

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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A defesa deAnderson Torres pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que o e ficar em silêncio durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, na próxima terça-feira 8. Os advogados ainda solicitam que Torres seja dispensado de usar tornozeleira eletrônica.

O ex-secretário de Segurança Pública foi convocado na condição de testemunha – ou seja, tem o dever de dizer a verdade.

Na manifestação enviada à Corte, a defesa de Torres também pede ainda que ele possa se comunicar com outros investigados, pelo fato de alguns integrantes da CPMI serem alvos de apuração sobre os atos golpistas.

Torres é investigado no STF por omissão perante a invasão aos prédios dos Três Poderes, no 8 de janeiro. À época, ele estava à frente da Segurança Pública do DF, mas tinha viajado para os Estados Unidos. No retorno ao Brasil, foi preso e agora cumpre medidas cautelares.

No pedido, a defesa diz que o ex-ministro quer comparecer à CPI, por ser “o maior interessado no esclarecimentos dos fatos”.

“Isso, contudo, não desnatura o fato de que a CPMI convocou Anderson Torres para depor na qualidade de testemunha, o que, como já antecipado, apresenta-se equivocado. Nesse panorama, impõe-se que Vossa Excelência assegure ao requerente o direito constitucional ao silêncio na “condição de investigado”, com a consequente expedição de salvo-conduto”, completam os advogados.


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