Política

Decisão por suspeição de Moro é histórica e revigorante, diz defesa de Lula

Advogados do ex-presidente ressaltam, entretanto, que os ‘danos causados a Lula são irreparáveis’

Foto: Kássio Geovanne
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Os advogados do ex-presidente Lula (PT) chamou de “histórica e revigorante” a decisão do Supremo Tribunal Federal que declarou o ex-juiz Sérgio Moro como parcial no processo do triplex do Guarujá. Nota divulgada nesta terça-feira 23 diz que a posição da Segunda Turma da Corte confirma o que foi apresentado pela defesa desde 2016.

 

“Sempre apontamos que Moro jamais atuou como juiz, mas sim como um adversário pessoal e político do ex-presidente Lula, tal como foi reconhecido majoritariamente pelos eminentes ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal”, diz a manifestação assinada por Cristiano Zanin e Valeska Martins.

Os advogados dizem ter sofrido “toda sorte de ilegalidades” praticadas pela Lava Jato, como o monitoramento ilegal dos ramais “para que os membros da operação pudessem acompanhar em tempo real a estratégia de defesa”. Eles voltaram a citar o lawfare contra Lula, expressão utilizada para definir o “uso estratégico das leis para fins ilegítimos”.

“Os danos causados a Lula são irreparáveis, envolveram uma prisão ilegal de 580 dias e tiveram repercussão relevante inclusive no processo democrático do país”, diz a nota.

Presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) também se manifestou após a decisão do STF, chamando Moro de “carrasco”.

“Ao proclamar que Sérgio Moro nunca foi juiz imparcial, foi carrasco, o STF fez mais do que garantir a Lula os direitos roubados pela Lava Jato. Começou hoje o caminho para recuperar a credibilidade do Judiciário brasileiro. Vitória da Justiça, do direito e da esperança”, escreveu.

Lava Jato não merece perdão, diz Arthur Lira

Ao comentar a decisão do STF, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) lamentou o percurso da Lava Jato, ainda que tenha se dedicado a “enfrentar poderosos”.

“O Estado Policial, para o qual a Lava Jato descambou em certos momentos, lamentavelmente, com suas parcialidades, seletividade e perseguições, jamais poderá também merecer o perdão da História”, escreveu o deputado.

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