Em busca de uma recondução ao comando da Procuradoria-Geral da República, Augusto Aras voltou a fazer acenos ao governo Lula (PT) ao enfatizar seu trabalho para “enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo”.
A publicação, feita nas redes sociais, foi acompanhada de um artigo sobre a sucessão na PGR.
“Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou nesses 4 anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico” escreveu o procurador-geral.
O mandato de Aras vai até setembro deste ano e Lula será o responsável pela indicação de seu substituto. O petista, porém, já sinalizou que não deve seguir a lista tríplice construída pela Associação Nacional dos Procuradores da República. Os escolhidos da ANPR são Luiza Frischeisein, Mário Bonsaglia e Luiz Adonis.
Por isso, crescem as articulações para que o procurador continue no comando da PGR. É neste contexto que Aras tenta reduzir as resistências no PT utilizando a Lava Jato como argumento. Durante sua gestão à frente do MPF, ele travou embates com expoentes da operação e fez críticas à atuação da força-tarefa de Curitiba.
Um dos principais cotados para suceder Aras é o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet Branco, que apresentou uma dura manifestação pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro. O procurador Antônio Carlos Bigonha também é citado como forte pretendente à vaga.
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