Política

Datafolha: 64% acreditam que Bolsonaro sabia onde estava Queiroz

Pesquisa também mostra estabilidade de 44% na rejeição do presidente mesmo depois da prisão Fabrício Queiroz

Presidente Jair Bolsonaro. Foto: PR
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Uma nova pesquisa Datafolha liberada na noite de quinta-feira 25 aponta que a maioria dos brasileiros acredita que o presidente Jair Bolsonaro sabia onde estava Fabrício Queiroz – amigo da família, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e investigado por comandar um esquema de enriquecimento ilícito no gabinete do filho do presidente anos atrás.

Para 64% dos entrevistados, Bolsonaro sabia o paradeiro do amigo, apesar do presidente falar pouco sobre o caso desde que Queiroz foi encontrado em uma residência do advogado Frederick Wassef, que já representou Bolsonaro e seu filho Flávio. Outros 21% acreditam que o presidente não sabia da informação, e 15% não souberam responder à pergunta.

A pesquisa Datafolha foi realizada em 23 e 24 de junho, com 2.016 brasileiros adultos, e as entrevistas foram feitas pelo celular com pessoas de todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os entrevistados também opinaram sobre o envolvimento do presidente da República no esquema das rachadinhas, que se concentra nas movimentações do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro enquanto ele ainda era deputado estadual do Rio. Para 46%, o presidente não está envolvido no crime; outros 38% acham o contrário e 16% não sabem opinar sobre o assunto.

Apesar do turbilhão político causado desde a prisão do ex-assessor, que fez com que Jair Bolsonaro mudasse de tom em relação aos ataques ao Congresso e Supremo Tribunal Federal, o Datafolha mostrou que a reprovação do presidente segue alta e estável em relação às pesquisas anteriores.

A rejeição ao governo é de 44%, ante 43% da pesquisa anterior. Aprovam a gestão do presidente 32% dos entrevistados, o mesmo índice do fim de maio. Há estabilidade também entre os que classificam o governo como “regular”, cerca de 23% do total.

Jair Bolsonaro apresenta altas taxas de rejeição entre estudantes (67%), mulheres (48%), moradores do Nordeste (52%), pretos (55%), jovens de 16 a 24 anos (54%) e pessoas com o ensino superior completo (53%). A maioria desses grupos também declarou que “nunca confia” nas declarações do presidente, aponta a pesquisa.

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