A CPMI que investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro decidiu submeter o coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, a uma junta médica antes de decidir se adia ou não a sessão destinada a ouvi-lo.
O procedimento acontece horas após o militar apresentar um atestado médico assinado por um psiquiatra particular no qual alega transtornos psicológicos para faltar ao depoimento.
A avaliação médica busca comprovar se Naime possui condições mentais de prestar esclarecimentos à CPMI. Após o resultado, o presidente do colegiado, Arthur Maia (União), deve decidir se mantém ou adia a sessão inicialmente prevista para as 14h desta segunda-feira 26.
O militar deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por volta das 13h, sob escolta policial. A reportagem apurou que ele foi levado diretamente ao prédio do Senado, onde será submetido ao exame.
Naime está preso desde 7 de fevereiro por omissão ante a invasão bolsonarista aos prédios dos Três Poderes.
Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o coronel teria de comparecer à CPMI, mas deveria ter o direito ao silêncio e à não incriminação.
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