Política

CPI da Covid: Randolfe oficializa pedidos para reconvocar Queiroga e Pazuello

A tendência é de que os requerimentos sejam votados – e aprovados – na sessão desta quarta-feira 26

O senador Randolfe Rodrigues. Foto: Pedro França/Agência Senado
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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, protocolou nesta terça-feira 25 um requerimento para reconvocar à comissão o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que já depôs aos senadores no dia 7 de maio.

Ao justificar a reconvocação, Randolfe afirma que a primeira oitiva de Queiroga foi contraditória “em diversos aspectos”. Um deles, argumenta o senador, “diz respeito à afirmação de que, na gestão dele, não há promoção do uso da hidroxocloriquina para tratamento da Covid. Todavia, o ministro, até o presente momento, não revogou a Portaria do Ministério da Saúde que prescreve o uso da medicação para este fim, mesmo sabendo-se que a medicação não possui eficácia para tal fim, consoante informam a OMS e diversos órgãos técnicos de saúde”.

“Ademais, é preciso que o Ministro da Saúde explique a edição da Portaria nº 885, de 04 de maio de 2021, que regulamenta o art. 23 do Decreto nº 7.827, de 16 de outubro de 2012, para dispor sobre os procedimentos de cobrança administrativa e de instauração de tomada de contas especial para recomposição ao erário de valores transferidos na modalidade fundo a fundo, no âmbito do Ministério da Saúde”, escreve ainda o senador.

Nesta terça, Randolfe também protocolou um requerimento de reconvocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que prestou depoimento à CPI na semana passada. Segundo o vice-presidente da comissão, a participação do general em um ato pró-Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro demanda novos questionamentos.

“Após declarar, por exemplo, que sempre foi favorável ao uso de máscaras e ao isolamento social, o general da ativa decidiu participar de manifestação convocada pelo presidente sem as devidas precauções diante da pandemia que assola a população brasileira, fomentando atitudes que colocam a vidas das pessoas em risco”, argumenta Randolfe.

No dia 21 de maio, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) já havia apresentado um pedido para reconvocar Pazuello.

“O depoimento prestado pelo ex-ministro da Saúde Sr. Eduardo Pazuello, nos dias 19 e 20 de maio, foi permeado por diversas contradições verificadas no cotejo com documentos e informações disponibilizados a esta CPI e mesmo publicamente divulgados”, argumenta Vieira.

Assim, prossegue o senador, “para que seja possível esclarecer as dubiedades em questão, faz-se necessária uma nova convocação do Sr. Pazuello para que compareça a esta Comissão Parlamentar de Inquérito”.

A cúpula da comissão avalia que a oitiva do general, que se dividiu entre a quarta-feira 19 e a quinta-feira 20, foi marcada por contradições e declarações falsas.

Por isso, o chamado G7 – composto pelos senadores da comissão não alinhados ao presidente Jair Bolsonaro – já costurou um acordo favorável à aprovação da reconvocação. A solicitação deve ser colocada em votação e aprovada nesta quarta-feira 26.

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