Política

Coronel que pediu golpe a Mauro Cid aciona o STF para ficar em silêncio na CPMI

Jean Lawand aparece em mensagens estimulando o ex-ajudante de ordens a convencer Bolsonaro a ‘dar a ordem’

Coronel que pediu golpe a Mauro Cid aciona o STF para ficar em silêncio na CPMI
Coronel que pediu golpe a Mauro Cid aciona o STF para ficar em silêncio na CPMI
O coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército presta continência para Braga Netto. Foto: Divulgação/Exército Brasileiro
Apoie Siga-nos no

O coronel do Exército Jean Lawand Júnior, envolvido em tratativas sobre um golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições, acionou o Supremo Tribunal Federal para garantir o direito de ficar em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro marcada para a próxima terça-feira 27. 

As conversas encontradas pela Polícia Federal no celular de Mauro Cid revelam que Lawand, então subchefe do Estado Maior do Exército, pressionava o então ajudante de ordens de Bolsonaro a convencê-lo a “dar a ordem” para que as Forças Armadas tomassem o poder.

No pedido endereçado à Corte, a defesa alega que Lawand foi convocado na condição de investigado, o que garantiria o seu direito de não incriminação. 

“Considerando as declarações de alguns membros da CPMI veiculadas na mídia, bem como a própria natureza política das comissões parlamentares, é possível que ocorram situações constrangedoras durante a oitiva do Cel Lawand, como testemunha, e que possam comprometer seu direito ao silêncio e a não incriminação”, diz trecho do pedido. 

O habeas corpus ainda tenta garantir que Lawand “não venha a sofrer qualquer ameaça ou constrangimentos, físicos ou morais”, como ameaças de prisão em flagrante.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo