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Coronel da PM confirma que Exército impediu governo do DF de desmontar acampamento bolsonarista

A coronel Cíntia Queiroz, atual subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF, foi ouvida na CPI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira

Rinaldo Morelli/Câmara Legislativa do DF
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A coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Cíntia Queiroz afirmou à CPI dos Atos Antidemocráticos, nesta quinta-feira, 27 que o Exército protegeu bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército da capital federal.

Queiroz, que é subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF, foi ouvida por parlamentares distritais no âmbito da investigação sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro.

“Por três vezes o Comando Militar do Planalto solicitou apoio para retirada do comércio ambulante. A gente tinha expectativa, quando chegava nas reuniões, que era para retirar o acampamento, mas eles diziam que era para retirar o comércio ilegal”, acrescentou. “Não era permitido tocar nas barracas, na cozinha coletiva, na tenda religiosa”.

Segundo ela, o governador Ibaneis Rocha (MDB) teria manifestado o desejo de remover os bolsonaristas, mas a PM encontrou dificuldades em desmontar o acampamento.

“Foram feitas três tentativas de retirada. O movimento crescia, havia preocupação do governador e do secretário, todo mundo queria retirar o acampamento, mas era área do Exército, a gente precisava de autorização do Comando Militar do Planalto”, acrescentou.

À época da invasão bolsonarista, a coronel Cíntia foi responsável por elaborar o Protocolo de Ações Integradas da SSP sobre atos contra o resultado das urnas, marcados para os dias 7, 8 e 9 de janeiro.

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