Política

Convite do PT segue em pé, diz Jaques Wagner após a desfiliação de Randolfe

O rompimento ocorre após uma série de desentendimentos entre o senador e Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente e uma das fundadoras do partido

Jaques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil, durante o evento As Empresas Mais Admiradas no Brasil em 2015
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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (BA), reafirmou a jornalistas nesta quinta-feira 18 que o convite feito ao senador Randolfe Rodrigues (sem partido) para filiar-se ao PT continua de pé. Mais cedo, o parlamentar anunciou sua saída da Rede Sustentabilidade.

“[O PT] convidou lá atrás, em 2022, no começo de 2023”, disse. “Se ele quiser vir para o PT, é óbvio [que está de pé]. É um quadro que defende valores que a gente também defende”.

De acordo com o petista, a filiação à legenda só não aconteceu antes por decisão de Randolfe. “Ele acabou decidindo se manter na Rede, provavelmente porque tinha um processo interno. Você não sai de um partido programático, deve ter reunido o pessoal”, acrescentou.

Na carta enviada à presidência da Rede, o senador não detalha quais motivos o levaram a pedir o desligamento da sigla, mas afirma que esta é uma “decisão irrevogável”.

“Minhas palavras trazem, sobretudo, gratidão. Tenho a certeza que continuaremos juntos, nas lutas por democracia, justiça e na construção de uma sociedade livre da fome e da opressão”, escreveu. “Dito isso peço, em caráter irrevogável, a minha desfiliação”.

O rompimento ocorre após uma série de desentendimentos entre o senador e Marina Silva, atual ministra do Meio Ambiente e uma das fundadoras do partido. O texto, inclusive, não menciona a ministra e agradece apenas Heloisa Helena, atual porta-voz nacional da Rede, cargo equivalente ao de presidente na estrutura organizacional da Rede.

O mais recente conflito entre o senador e a ministra diz respeito ao Ibama. Na quarta-feira o instituto negou a licença à Petrobras para explorar petróleo na foz do Amazonas. O projeto era de interesse do parlamentar por afetar a economia do Amapá, seu berço político. Os termos, porém, foram vistos com sérias reservas pela pasta chefiada por Marina, que se posicionou contra a liberação.

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