O deputado Jeronimo Goergen, do PP, ligado à base ruralista da Câmara, vai apresentar um projeto de lei contrário ao decreto 9.785/2019, que flexibiliza o porte de armas. O motivo? O texto dá brechas para que integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) possam andar armados.
Embora seja a favor da flexibilização do porte, o deputado gaúcho não quer que a mudança prevista pelo decreto valha também para os integrantes do movimento.
O decreto presume a ‘efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física’ — prevista pelo Estatuto do Desarmamento — a mais de vinte categorias profissionais. Foram beneficiados, entre outros, instrutores de tiro, caçadores, colecionadores, agentes de segurança pública, advogados, políticos, caminhoneiros e até jornalistas especializados em segurança pública.
Também são listados ‘residentes em áreas rurais’, o que dá brecha para que os integrantes do movimento possam andar armados. Goergen propõe, então, derrubar esse trecho.
Deputado há três mandatos, Goergen é um inimigo contumaz do movimento e autor de várias ações contra a atuação. Apresentou ao Ministério da Educação uma proposta para fechar as escolas infantis mantidas pelo MST e os cursos superiores oferecidos pelas universidades a militantes sem-terra.
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