Política

Conselho de Ética da Câmara abre processos para apurar conduta de 7 deputados

Confira as denúncias que levaram à apuração de cada caso

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou, nesta quarta-feira 30, processos para apurar a conduta de sete deputados denunciados ao órgão.

Integram a lista os deputados Dionilso Marcon (PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ), André Fernandes (PL-CE), Ricardo Salles (PL-SP), Luciano Zucco (Republicanos-RS), Abilio Brunini (PL-MT) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

Confira as denúncias que levaram à apuração de cada caso:

Ricardo Salles

O pedido de investigação contra o parlamentar foi apresentado pelo PSOL, que o acusa de promover ataques contra a deputada Sâmia Bomfim. Na representação, o partido cita como exemplo uma postagem feita por Salles em uma rede social, na qual publicou um “emoji” de um hambúrguer, e que a publicação seria direcionada a Sâmia.

Luciano Zucco

O PSOL também representou contra o deputado, presidente da CPI do MST, acusando-o de cometer violência de gênero contra a deputada Sâmia Bomfim. A legenda também aponta que o parlamentar agiu para ‘silenciar’ a deputada por diversas vezes.

Abilio Brunini

Em representação contra o deputado, o PSOL o acusa de quebra de decoro parlamentar ao fazer uma declaração dirigida à deputada Erika Hilton (PSOL-SP), durante a sessão da CPI dos Atos Golpistas, em 11 de julho. Após ser acusado pela deputada de atrapalhar os trabalhos da CPMI do 8 de janeiro, Brunini se referiu à Èrika no masculino, e disse: “Eu aconselharia que o deputado procurasse tratar sua carência em outro espaço, este espaço é sério, este espaço é o espaço de trabalho”.

Sâmia Bomfim

A deputada foi alvo de uma ação apresentada pelo PL, que a acusa de atacar a dignidade do deputado General Girão (PL-RN), durante sessão da CPI do MST de 12 de julho. Segundo a legenda, Sâmia teria dito que Girão é “bandido”, “terrorista”, “fascista” e “golpista”.

Glauber Braga

Também é de autoria do PL uma representação contra o deputado Glauber Braga e que tem como pano de fundo uma discussão do parlamentar com o deputado Eduardo Bolsonaro, durante uma reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, em 31 de maio. Segundo o partido, à ocasião, Braga fez uma referência ao caso das joias recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro como presente oficial de regime árabes. O PL afirma que, durante a discussão, Glauber Braga disse:”Fica quietinho que agora estou falando. Você já falou bastante. Fica quietinho agora, fica calmo, fica quietinho. Você já devolveu todos os colares?”

Dionilso Marco

O PL também acusa o deputado do PT de ter atacado a honra do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante reunião da Comissão de Trabalho da Câmara, em 19 de abril deste ano. Segundo a legenda, a confusão começou quando Eduardo Bolsonaro disse que a esquerda não o enganava, momento em que fez referência à facada sofrida pelo pai, Jair Bolsonaro, na campanha eleitoral de 2018. O microfone da comissão oficial não transmite a fala, mas Eduardo disse que o deputado Marcon alegou que a facada foi “fake”, o que gerou um bate boca entre os parlamentares. Marco teria chamado Eduardo Bolsonaro de ‘desequilibrado’ e ‘um perigo’.

André Fernandes

O parlamentar foi alvo de uma representação do PT em que o acusa de quebra de decoro parlamentar por declarações racistas proferidas durante sessão sobre a Reforma Tributária, no dia 6 de julho.

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