Como estava o cenário em São Paulo a dias do 1º turno nas últimas três eleições municipais

Às vésperas das eleições, a disputa pela prefeitura de São Paulo neste ano segue indefinida, um cenário que também se repetiu em 2012, 2016 e 2020. Entretanto, a situação de 2024, que é marcada pelo empate triplo verificado pela pesquisa Datafolha realizada a três dias do pleito, só se assemelha à corrida eleitoral de 2012 na cidade.

De acordo com o levantamento do instituto divulgado nesta quinta-feira 3, Guilherme Boulos (PSOL) aparece numericamente na liderança, com 26% das intenções de voto. Na sequência aparecem o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que concorre à reeleição, e o empresário Pablo Marçal (PRTB), com 24% das menções cada, deixando os três empatados tecnicamente considerando a margem de erro de três pontos.

Em 2012, o Datafolha havia apontado, em sondagem divulgada a quatro dias do primeiro turno na capital paulista, Celso Russomanno (na época, PRB) com 25%, José Serra (PSDB) com 23% e Fernando Haddad (PT) com 19%. Foram para o segundo turno os postulantes do PSDB, com 31%, e do PT, com 29%. Ao final o petista saiu vencedor.

Quatro anos depois, em 2016, a indefinição se deu entre João Dória (PSDB), que chegou às vésperas do pleito com mais de 40% das intenções de voto, Russomano e Haddad, ambos com 16%, e Marta Suplicy (à época no PMDB), com 14%. O tucano surpreendeu e liquidou a disputa já no 1º turno com 3.085.187 votos (53,29% do total).

Na última eleição, o levantamento do Datafolha divulgado na antevéspera da eleição mostrava o então prefeito Bruno Covas (PSDB), que concorria à reeleição, consolidado na primeira colocação com 37%. Os demais candidatos à outra vaga na disputa permaneciam empatados tecnicamente.

Foi Boulos quem concorreu contra o tucano no segundo turno. Hoje deputado federal, ele chegou com 20,24% dos votos, atrás do então prefeito, que fez 32,85% nas urnas. Ao fim, Covas levou a disputa por um milhão de votos de diferença, com 59,38% ante 40,62% de Boulos.