Educação
Comissão do Senado aprova criação de programa para vacinação nas escolas
A proposta, da Câmara dos Deputados, foi relatada por Marcelo Castro (MDB-PI) e será analisada pelo plenário


A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta terça-feira 20, um projeto de lei que prevê a vacinação das crianças nas escolas públicas. A proposta, da Câmara dos Deputados, foi relatada por Marcelo Castro (MDB-PI) e agora será analisada pelo plenário da Casa Alta.
O texto cria o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas. Segundo a iniciativa, anualmente, após o início da campanha de vacinação contra a gripe, as equipes de saúde locais irão às escolas públicas para vacinar as crianças matriculadas nos ensinos infantil e fundamental, oferecendo os imunizantes previstos para cada idade.
De acordo com o texto aprovado, escolas e unidades de saúde deverão divulgar com antecedência as datas em que a campanha ocorrerá, orientando os estudantes a levar seus cartões de vacinação. Embora não seja obrigatório para elas, as instituições particulares poderão aderir ao programa. O projeto prevê que crianças, jovens e adultos da comunidade também poderão ser vacinados se houver disponibilidade de doses.
O texto não fala sobre impor a obrigatoriedade de vacinação.
Favorável ao projeto, o senador Marcelo Castro afirmou no relatório que dados da Organização Mundial da Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância detectaram, em 2022, uma queda de 20% na cobertura vacinal do Brasil.
“Essa campanha é porque o Brasil sempre foi referência mundial em suas campanhas de vacinação, contra a poliomielite, contra o sarampo, contra a caxumba, contra a difteria, contra tétano, contra o HPV”, listou. “Quantas mulheres não morriam no mundo com câncer de útero? Nós instituímos o PNI há 50 anos mas, infelizmente, dada uma série de fake news, a vacinação no Brasil começou a cair de 2014 para cá.”
(Com informações da Agência Senado)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

No STF, Zema defende posição de não cobrar vacinação infantil para matrícula em escolas de Minas
Por CartaCapital
Zanin suspende decretos de municípios de SC que dispensavam vacina contra a Covid para matrícula escolar
Por CartaCapital