A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, nesta quinta-feira 24, o convite para que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, esclareça a atuação dos pastores lobistas na liberação de verbas da pasta.
O requerimento do convite foi apresentado pelos senadores Jean Paul Prates (PT) e Randolfe Rodrigues (Rede).
A ida do ministro à Comissão foi marcada para a próxima quinta-feira, 31. Apesar de não haver obrigação de comparecimento, Ribeiro entrou em contato com a Comissão e se comprometeu a prestar os esclarecimentos.
Em áudios divulgado nesta semana, o chefe da pasta afirmou priorizar os amigos do “pastor Gilmar” no repasse de verbas aos municípios, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“O ministro da Educação, que atende pastores amigos de Bolsonaro para intermediar verbas públicas para prefeituras, vai ter que passar a semana preparando-se para dar explicações ao Senado”, declarou Prates.
“O ministro disse que denunciou os pastores à CGU e mesmo assim continuou recebendo eles para não despertar qualquer desconfiança. Melhor arrumar desculpa melhor que essa. Vamos esclarecer mais esse gabinete paralelo de Bolsonaro e as mamatas que ele criou”, acrescentou.
A Comissão também aprovou a solicitação de depoimento dos pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura, bem como do presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Marcelo Lopes da Ponte.
Outros seis prefeitos serão convidados a prestar esclarecimentos ao Senado, entre eles, Kelton Pinheiro, de Bonfinopólis (GO), que afirmou ao jornal O Globo ter recebido pedido de propina para a liberação de verbas em bíblias.
Os dois líderes religiosos são acusados de pedir valores em troca de ajuda para a liberação de recursos do MEC para obras em seus municípios.
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