Política

Comandante da Marinha cita ‘desafios orçamentários’ em evento com Lula e Macron

No Rio de Janeiro, Lula e Emmanuel Macron lançaram ao mar o submarino Tonelero, nesta quarta-feira 27

Da esquerda para a direita, o ministro da Defesa, José Múcio; o presidente Lula; o presidente da França, Emmanuel Macron; e o comandante da Marinha, Marcos Olsen. Foto: Pablo Porciuncula/AFP
Apoie Siga-nos no

O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, alegou que a Força tem “desafios orçamentários e financeiros” para executar o Programa de Desenvolvimento de Submarinos, o Prosub. A declaração foi concedida em uma cerimônia no Rio de Janeiro ao lado do presidente Lula (PT) e do presidente da França, Emmanuel Macron.

No evento, Lula e Macron lançaram ao mar o submarino Tonelero, uma embarcação fabricada inteiramente no Brasil, em compartilhamento tecnológico com os franceses.

O programa tem como objetivos, além de fabricar o primeiro submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear, a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, a englobar estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas em Itaguaí (RJ).

“Uma ainda acanhada mentalidade de defesa por parte da sociedade brasileira, associada à baixa percepção de ameaças, impõem em particular desafios orçamentários e financeiros à execução do Prosub e ao programa nuclear da Marinha com potencial de danos relevantes à pesquisa científica, à geração de emprego e renda digna”, disse o comandante da Marinha na cerimônia com Lula.

Em outras ocasiões, Olsen defendeu uma proposta de emenda à Constituição encabeçada por um senador do PL para garantir a destinação de pelo menos 2% do PIB para o orçamento de Defesa.

A PEC, de autoria de Carlos Portinho (PL-RJ), está na Comissão de Constituição e Justiça e aguarda a escolha de um relator.

Segundo a proposta, o governo federal deve partir de 1,2% do PIB para esse investimento e, a cada ano, aumentar em pelo menos 0,1% o repasse à Defesa Nacional, até atingir o índice mínimo de 2%.

“Ao mesmo tempo que levam ao aumento direto das capacidades das Forças Armadas, contribuindo para a defesa da Pátria, também promovem o fortalecimento da Base Industrial de Defesa, conjunto de empresas nacionais, estatais ou privadas, que participam do desenvolvimento, da produção, da distribuição e da manutenção de produtos estratégicos de defesa”, argumenta Carlos Portinho.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo