Política

Com parecer favorável de corregedor, processo contra Flordelis avança na Câmara

Paulo Bengston afirma que caso pode chegar ao fim em novembro

Com parecer favorável de corregedor, processo contra Flordelis avança na Câmara
Com parecer favorável de corregedor, processo contra Flordelis avança na Câmara
DEPUTADA FEDERAL FLORDELIS. FOTO: CLAUDIO ANDRADE/CÂMARA DOS DEPUTADOS
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O corregedor da Câmara dos Deputados, Paulo Bengston (PTB-PA), apresentou nesta quinta-feira 01 parecer favorável ao prosseguimento de processo disciplinar contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) na Casa.

“Ela [Flordelis] não conseguiu trazer para a Corregedoria provas de que não quebrou o decoro parlamentar. Por isso, estamos encaminhando a continuidade do processo. Fizemos as dez perguntas. Ela explicou, mas não trouxe as provas daquilo que falou”, afirmou Bengston, após entregar à presidência da Câmara seu parecer de 16 páginas.

Na sequência, o parecer será avaliado pela Mesa Diretora da Câmara, que poderá encaminhar o caso ao Conselho de Ética para abertura de processo contra Flordelis. Caberá ao conselho recomendar ou não ao plenário a cassação do mandato da parlamentar.

Bengston acredita que, se o processo contra Flordelis chegar rapidamente ao Conselho de Ética, o caso poderá ser encerrado até o fim de novembro. “Nós adiantamos muito o processo. Entregamos com quase 30 dias de antecedência”, declarou.

Flordelis foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Ela foi denunciada, em agosto deste ano, por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica.

Em 11 de setembro, o MP-RJ  pediu o afastamento de Flordelis de suas atividades parlamentares, com aplicação de recolhimento domiciliar noturno e monitoramento por tornozeleira eletrônica. O pedido, assinado pelo promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade, foi enviado à 3ª Vara Criminal da Comarca de Niterói.

No dia 24, o desembargador Celso Ferreira Filho negou pedido dos advogados da deputada e manteve o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Ao rejeitar os argumentos apresentados, Ferreira Filho disse que, apesar de a defesa sustentar que Flordelis não tem intenção de “furtar-se ao processo”, “não se tem qualquer evidência processual ou notícia jornalística que a ré tenha se apresentado espontaneamente para a colocação do equipamento [a tornozeleira]”, denotando que “o monitoramento eletrônico decretado é realmente necessário”.

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