Política

Bolsonaro ataca lockdown e discute quarentena para quem chega da Argentina

‘Tudo pode acontecer, uma nova variante, um novo vírus, como foi isso aí’, declarou o ex-capitão, que pediu a adoção de ‘medidas racionais’

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus, mesmo em meio aos alertas sobre a variante Ômicron, cepa classificada nesta sexta-feira 26 pela Organização Mundial da Saúde como “de preocupação”.

Bolsonaro disse que debate com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antônio Barra Torres, e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, quais ações serão tomadas.

“O Brasil não aguenta mais um lockdown. Conversei com o almirante Barra Torres, com o Ciro, da Casa Civil, discutindo Argentina. Quem vem da Argentina de carro para cá, sem problemas. Quem vier de avião tem que ficar quatro dias em quarentena. Vamos tomar medidas racionais”, declarou o ex-capitão, sem detalhar o teor do diálogo ou a menção à Argentina.

O ex-capitão participou de uma cerimônia pelos 76 anos da Brigada Paraquedista, na Vila Militar, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Tudo pode acontecer, uma nova variante, um novo vírus, como foi isso aí. O mundo, o Brasil não aguenta um novo lockdown. Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte também. Não adiante se apavorar”, acrescentou.

Nesta sexta, a Anvisa recomendou restringir a entrada no Brasil de pessoas que estiveram em seis países africanos nos últimos 14 dias: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Não há qualquer citação à Argentina, vizinha do Brasil.

As pastas da Justiça, da Saúde e da Casa Civil decidirão se acatam ou não as sugestões da Anvisa. Enquanto isso, outros países já anunciam medidas de restrição para tentar impedir a entrada da variante Omicron.

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