Com o aval de Bolsonaro, dois pastores fizeram do MEC um balcão de negócios

Os líderes religiosos atuam como lobistas, valendo-se do prestígio que possuem com autoridades do governo federal

Segundo Ribeiro, é o pastor Gilmar Santos quem define a liberação de verbas na pasta - Imagem: Luis Fortes/MEC e Redes sociais

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Em uma recente reunião no Ministério da Educação, Milton Ribeiro esclareceu a prefeitos e gestores do Fun­do Nacional de De­sen­vol­vimento da Educação qual o critério adotado na li­be­ração de verbas, em um cenário de restrição orçamentária e su­ces­sivos cortes. “A minha prioridade é aten­der, primeiro, os municípios que mais precisam e, em segundo, atender todos os que são amigos do pastor Gilmar”, explicou o ministro, candidamente, acrescentando que a mediação do líder religioso foi um “pedido especial” feito pelo presidente.

O áudio da conversa foi revelado pela Folha de S.Paulo na terça-feira 22. Reverendo presbiteriano, Ribeiro referia-se ao também pastor Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil. No encontro, estava presente Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade. Mas o ministro sabe respeitar hierarquia. “Não tem nada com o Arilton, é tudo com o Gilmar”, acrescentou, aos risos.

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1 comentário

JOSE CARLOS GAMA 29 de março de 2022 22h30
Tem fatos que fica difícil de comentar e esse com certeza é um. Bem que Carta capital, podia liberar uns palavões, só assim não levaríamos desafora para casa.

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