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Com investimento espanhol, Lula espera transformar o Brasil em ‘um grande canteiro de obras’

Presidente busca investimentos estrangeiros para promover uma nova reindustrialização no País; acordo entre UE e Mercosul esteve no foco do último compromisso do brasileiro na Europa

Lula e vice-presidenta Ministra de Assuntos Econômicos e Transformação Digital da Espanha, Nadia Calvino. Foto: Pierre-Philippe MARCOU / AFP)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a empresários espanhóis nesta terça-feira 25 que, com o auxílio dos investimentos espanhóis, vai transformar o Brasil em ‘um grande canteiro de obras’. A declaração ocorreu no Encontro Empresarial Espanha-Brasil, realizado em Madri, e faz parte da última agenda de visitas do presidente a Europa.

“Queremos atrair uma nova leva de investimentos espanhóis. Vamos transformar o Brasil em um canteiro de obras, trabalhando em portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e hidrovias”, afirmou o presidente.

Lula também afirmou que ainda espera ‘boas notícias’ sobre a conclusão das negociações do acordo entre a União Europeia e o Mercosul, desestabilizadas pelo descompasso da política de Jair Bolsonaro (PL) aos valores pregados pelo bloco.

“O Brasil e os sócios do Mercosul estão engajados no diálogo para concluir as negociações com a União Europeia. É um acordo muito importante para todos e queremos que seja equilibrado e que contribua para a reindustrialização do Brasil”, declarou Lula.

No segundo semestre deste ano, Brasil e Espanha assumirão respectivamente o comando do Mercosul e da União Europeia.

O petista acrescentou que, depois da pandemia da Covid-19, os dois países precisam combater o vírus da desigualdade e do extremismo e que, para isso, fortalecerá marcos regulatórios no Brasil que possam captar investimentos estrangeiros.

Alinhando seu discurso à pauta ambiental defendida pela União Europeia, Lula também destacou que 80% da energia consumida no Brasil tem origem em fontes renováveis e que o País voltará a desempenhar um papel de liderança climática. No começo deste ano, novas regulamentações no comércio da União Europeia baseadas no impacto climático geraram incertezas no mercado de exportação brasileiro.

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