Política

Com desistência de Albuquerque, PSB lança pré-candidato no RS sem acordo com PT e PDT

Partido opta por chapa pura no estado

O ex-deputado Beto Albuquerque
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A direção do PSB do Rio Grande do Sul anunciou nesta segunda-feira 1 que Beto Albuquerque deixou a disputa para o governo do estado. A legenda ainda oficializou os nomes de Vicente Bogo como pré-candidato para governador, Josiane Paz como pré-candidata a vice e Airto Ferronato, como pré-candidato a senador.

Na sexta-feira 29, durante convenção nacional do PSB em Brasília, o presidente da sigla no estado, Mário Bruck, confirmou a CartaCapital que o partido teria candidato próprio mesmo em caso de desistência de Albuquerque.

“Teremos candidato próprio e não coligaremos com o PT ou o PDT”, resumiu o dirigente partidário.

No estado, segundo pesquisa  Real Time Big Data divulgada na quinta 28, quem lidera a corrida ao Executivo é o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), com 29% das intenções de voto. Na sequência, empatado tecnicamente, aparece Onyx Lorenzoni (PL), com 24%.

A terceira posição fica com o candidato do PT, Edegar Pretto, que soma 9%. Albuquerque, de acordo com o levantamento, tem 3% e ocupa a quinta posição.

PSB e PT tentaram um acordo que repetisse, no Rio Grande do Sul, a aliança nacional entre os partidos, simbolizada na chapa do ex-presidente Lula (PT) com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB).

Nesta segunda, em nota, a direção do PSB disse que ” as dificuldades de construção de alianças com o PT e com o PDT levaram o pré-candidato Beto, em decisão de fórum íntimo e pessoalíssimo, a declinar de sua pré-candidatura o que lamentamos, mas respeitamos e agradecemos por todo o seu trabalho feito neste período”.

CartaCapital apurou que a ausência de acordo se deve porque, na avaliação do PT local, para se ter viabilidade na chapa, é preciso que se marque um posicionamento à esquerda. No PSB, havia dúvidas sobre essa posição. O partido avalia que o nome ideal é aquele com maior potencial de agregar apoio em um possível segundo turno. Na sexta-feira 29, os petistas confirmaram a aliança com o PSOL no estado.

Em conversa anterior com a reportagem, Bruck disse que a insistência do PT em ter um nome da legenda na disputa pode fazer com que, em um possível segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula fique sem palanque no estado. “Se a esquerda não se unir há grande possibilidade de ficar de fora do segundo turno, já que há nomes fortes do outro lado”, declarou à época.

 

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