Política

Com agenda vazia nesta segunda, Bolsonaro soma 3h30 de trabalho desde a derrota para Lula

Fora da agenda, o ex-capitão fez um breve pronunciamento à imprensa e se reuniu com ministros do Supremo Tribunal Federal

Jair Bolsonaro. Foto: Mauro Pimentel/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado à reeleição, mantém uma agenda folgada desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.

Nesta segunda-feira 7, o ex-capitão não tem compromissos oficiais, conforme a agenda disponibilizada pelo Palácio do Planalto.

O padrão é semelhante ao da semana passada. Na segunda-feira 31 de outubro, a agenda previa somente uma reunião de 30 minutos com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A terça 1º de novembro começou com uma reunião de 30 minutos com o ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União. Depois, nova reunião de meia hora com os ministros Paulo Sergio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União). Ainda na terça, houve um terceiro encontro com ministros não identificados, por uma hora e meia.

Na quarta-feira 2, nenhum compromisso marcado, situação que se repetiu dois dias depois, na sexta 4. Antes, na quinta 3, 30 minutos foram reservados para uma reunião com o ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria.

Somados, os compromissos oficiais tomaram três horas e meia do ex-capitão desde a segunda 31.

Em 1º de novembro, as sucessivas agendas com ministros tiveram um motivo evidente: a construção do primeiro discurso de Bolsonaro depois de perder a eleição. Quase 48 horas após o Tribunal Superior Eleitoral proclamar o resultado, o presidente convocou um pronunciamento em Brasília no qual não afirmou reconhecer o desfecho do processo, mas declarou que respeitará a Constituição.

Logo depois, ele se reuniu com ministros do Supremo Tribunal Federal por cerca de uma hora, fora da agenda. Após o encontro, um dos presentes, o ministro Edson Fachin, conversou brevemente com jornalistas em Brasília.

“O presidente da República utilizou o verbo ‘acabar’ no passado. Ele disse ‘acabou’. Portanto, olhar para a frente”, afirmou o magistrado.

Na noite da quarta 2, Bolsonaro divulgou um vídeo nas redes sociais em que fez um apelo para que manifestantes liberassem as rodovias bloqueadas.

Ao se dirigir a seus apoiadores, disse estar “chateado” com o resultado da eleição, mas pediu “cabeça no lugar”.

“Eu quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legitimas. Não vamos perder nós aqui a nossa legitimidade”, disse o ex-capitão na gravação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo