Política

Ciro Gomes: ‘Acho que Brasil ganharia muito com um segundo turno meu contra Lula’

Para o pedetista, Moro, a quem chamou de variante ômicron de Bolsonaro, irá desistir da disputa antes mesmo de concorrer

Lula e Ciro. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, destacou que um eventual segundo turno entre ele e o ex-presidente Lula (PT) seria ‘muito positivo’ ao Brasil. Segundo defendeu, em entrevista à rádio CBN de Recife na manhã desta segunda-feira 15, o seu desejo é poder ‘debater o País’ só ele contra o petista em um cenário de ‘democracia pacificada’, sem Jair Bolsonaro (PL).

“Acho que Brasil ganharia muito, muito mesmo, se nós fizéssemos o segundo turno meu com Lula. Porque a democracia, o respeito ao povo e as liberdades estariam completamente garantidos com qualquer um que ganhasse e nós teríamos a missão de forçar um debate em que Lula sai do salto alto, do já ganhou em que ele está”, destacou o pedetista.

“Nós vamos repetir o passado ou vamos dar uma alternativa de futuro? Esse é o debate que nós precisamos. Eu sonho muito com essa possibilidade, de um debate respeitoso e fraterno entre eu e Lula no segundo turno”, acrescentou mais adiante sobre a possível disputa.

Para que o ‘sonho de Ciro’ se realize, no entanto, é preciso que ele conquiste uma parcela ainda significativa do eleitorado. Na pesquisa mais recente divulgada na última quinta-feira 11, o pedetista somou 8% das intenções de voto e estaria empatado em terceiro lugar com Sergio Moro (Podemos). Os dois candidatos estariam distantes de Lula, com 43%, e Bolsonaro, que tem 25%.

Sobre o seu desempenho nos levantamentos, Ciro voltou a repetir a máxima de que a pesquisa seria apenas ‘um retrato de momento’. Em sua defesa, ele lembra que em fevereiro de 2018, nenhuma pesquisa apontava o ex-capitão como favorito.

Sobre o empate com Moro, Ciro também minimiza e aposta que o ex-juiz não irá seguir com a candidatura. Segundo disse, Moro, a quem ele se referiu como ‘variante ômicron de Bolsonaro’, deve desistir da disputa em breve.

“Se a motivação [do eleitor] é essa [nem Lula, nem Bolsonaro] eu tenho a resiliência. Já suportei o fenômeno Luciano Huck, já suportei o fenômeno Mandetta, já suportei recentemente o fenômeno desse ex-juiz…como é que se chama…Sergio Moro…até me passou, porque nem candidato vai ser”, destacou Ciro, em tom irônico.

“São apenas meteoros que a grande burguesia está tentando criar para fazer um novo Collor ou um novo Bolsonaro, que é a grande tragédia brasileira”, acrescentou antes de negar o rótulo de terceira via.

Para o pedetista, classificar sua candidatura como terceira via ao lado de João Doria (PSDB) e Moro seria uma atitude ‘preguiçosa’ e ‘superficial’ da grande imprensa paulista.

“A terceira via é uma expressão preguiçosa da imprensa de São Paulo. Claro que a imprensa não é obrigada a fazer ciência política toda hora, mas ela é apressada e superficial. […] Como vou chamar de terceira via o Doria? É a viúva do Bolsonaro. Tira o Bolsonaro e bota o outro pra ficar a mesma coisa?”, disse.

“O Moro [é terceira via]? O Moro é uma variante ômicron do Bolsonaro. Só que eu digo que é pior, porque o Bolsonaro tem a humildade de dizer que não entende nada e ele fica se vangloriando e se exibindo de entender de alguma coisa. Ele é um idiota, é um imbecil completo que virou candidato”, avaliou o candidato trabalhista.

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