Política
Ciro e os eleitores
Estagnado nas pesquisas, o pedetista centra os ataques em Lula, mas corre o risco de se tornar a maior vítima do voto útil no primeiro turno


Ciro Gomes tenta pela quarta vez chegar à Presidência da República. Seria um recordista no quesito não estivesse em campo Lula, que concorre pela sexta. Nas três disputas anteriores, o pedetista obteve porcentuais parecidos: 10,9% dos votos válidos em 1998, 11,9% em 2002 e 12,4% em 2018. Agora, arrisca-se a encolher. Nas últimas pesquisas, oscila de 7% a 8%. A essa altura da campanha passada, exibia 13% no Datafolha. Atualmente, perde até no Ceará, onde foi governador, prefeito e primeiro colocado quatro anos atrás, à frente de Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Ao entrar no páreo de novo, queria romper a dita “polarização” entre Bolsonaro e Lula, presidente e ex-presidente em cena, fato raríssimo no mundo. O capitão e o metalúrgico possuem eleitores convictos, mais de 80% dizem estar decididos e que não mudarão o voto até 2 de outubro. No caso de Ciro, o índice é de 45%. “Se eu não for eleito, chega pra mim”, disse na quarta-feira 14, a repetir promessa de eleições passadas.
Em 2018, ficou claro o namoro do pedetista com o antipetismo. Após o primeiro turno, Ciro viajou a Paris para não subir no palanque de Haddad. Um colaborador naquela campanha diz há tempos que muitos eleitores ciristas jamais esqueceriam o retiro parisiense e que o presidenciável pagaria nesta disputa o preço que a ambientalista Marina Silva pagou na anterior (1% dos votos), por ter beijado a mão do tucano Aécio Neves em 2014, na reeleição de Dilma Rousseff. Ciro preferiu, no entanto, redobrar a aposta. Na campanha atual, tem mirado mais em Lula do que em Bolsonaro. Em tese, o objetivo seria aglutinar o antipetismo em torno de seu nome e tirar o capitão do segundo turno. Mas o efeito parece outro. “Quando ele cai na agressividade, presta serviço para uma candidatura que eu caracterizo como fascista”, afirma Edinho Silva, um dos coordenadores da comunicação da campanha petista.
“Fascismo de esquerda”, comentou Ciro na quarta-feira 14, a respeito do PT. Curioso: o pedetista vende-se como opção para superar a polarização que chama de “odienta”, mas alimenta diariamente outro vértice de ódio. Vejam-se, por exemplo, as posições de dois colaboradores. O reverendo Claudio Moreira comanda o Movimento Cristãos Trabalhistas, grupo do PDT. Para ele, o “lulopetismo” é pior do que o bolsonarismo, pois “deforma a democracia de forma muito mais consistente”. Moreira dirige a comunicação da prefeitura gaúcha de São Gabriel, município cujo prefeito é do PL de Bolsonaro. Gustavo Castañon, professor de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora, é assessor do PDT no Senado. Defensor de que Lula prove que não tem mais câncer, diz ter tanta vergonha de ser confundido com um bolsonarista quanto com um petista. E pergunta no Twitter: “Será, realmente, que Bolsonaro é uma ameaça à democracia maior que o PT?”
O PT VAI REFORÇAR A CAMPANHA POR UM DESFECHO EM 2 DE OUTUBRO, O QUE ACIRRA O ÂNIMO DOS CIRISTAS
A bronca do cirismo com o lulismo disparou diante da ofensiva pelo voto útil no ex-presidente, situação capaz de desidratar o pedetista. Entre os simpatizantes de Ciro, 55% admitem mudar de voto, conforme pesquisa Datafolha do dia 9, e um terço aceitaria votar em Lula no primeiro turno para liquidar a eleição, de acordo com levantamento Genial/Quaest da quarta-feira 14. A investida do PT tem dois motivos. Um é o desejo de evitar mais quatro semanas de guerra com Bolsonaro. Esticar a corda talvez produza mais cadáveres (até o momento, são dois nesta eleição). O outro é um futuro governo. Se Lula triunfar de cara, devedor apenas da maior coligação de partidos progressistas que já reuniu, estará solto para adotar uma política econômica menos dependente das vontades do “mercado”. Um dos argumentos do pedetista para concorrer repousa justamente na crítica à semelhança entre a política econômica de Lula e aquela de Fernando Henrique Cardoso, subordinadas ao setor financeiro. Ironicamente, ao contribuir para adiar o desfecho, Ciro atende, porém, ao desejo do “mercado”. “O segundo turno interessa para a burguesia, para rebaixar o nosso programa”, diz o deputado Paulo Teixeira, secretário-geral do PT.
A ofensiva pelo voto útil foi simbolizada no apoio de Marina a Lula, um reencontro depois de longa ruptura. A ambientalista foi ministra do petista de 2003 a 2008 e em 2009 filiou-se ao PV, pelo qual disputou a Presidência em 2010 contra Dilma Rousseff, duelo repetido em 2014, quando Marina estava do PSB. A reaproximação com Lula demorou a se consumar. Quando a Rede, partido da ex-ministra, declarou apoio ao petista, em abril, ela não compareceu. Queria um convite VIP de Lula, enfim consumado no domingo 11. “Reconheço legítimos os demais esforços que estão sendo feitos para se tornarem alternativa. Mas compreendo que, nesse momento crucial da nossa História, quem reúne as maiores e melhores condições para derrotar Bolsonaro e a semente maléfica do bolsonarismo que está se implementando no seio da nossa sociedade, agredindo irmãos brasileiros, ceifando vida de pessoas por pensarem diferente, é a sua candidatura”, declarou Marina a Lula no encontro da segunda-feira 12.
Contra a vontade dos irmãos Cid e Ivo, Ciro rompeu a aliança com o PT no Ceará e bancou a candidatura de Roberto Cláudio. O resultado no estado vai definir o futuro das relações dos dois partidos – Imagem: Redes sociais
As palavras da ambientalista em grande medida dirigiram-se aos eleitores da “terceira via”, Ciro incluído. Na véspera, o pedetista havia dito em vídeo nas redes sociais que o lulismo era culpado pela polarização e que a própria Marina tinha sofrido na pele. “Quem inventou esse negócio de ‘nós contra eles’, estigmatizando os adversários, com a maior desonestidade, violência, e truculência na política brasileira não foi o Bolsonaro. O Bolsonaro é cria da cultura de ódio do Lula e do PT. Não é, Marina Silva?”. O ministro das Comunicações, Fabio Faria, compartilhou o vídeo nas redes sociais.
O tom da declaração de Marina, o de ser preciso enterrar logo o autoritarismo de Bolsonaro, foi usado por outras personalidades nos últimos dias em defesa do voto útil em Lula. Do mundo da bola, saíram as vozes do jornalista Juca Kfouri e do ex-jogador Raí. Do artístico, o cantor Otto e o ator-deputado Alexandre Frota. Registre-se que outros figurões tinham aderido a Lula, como o músico Caetano Veloso e o ator Gregório Duvivier, ambos ciristas em 2018, o ex-jogador Casagrande, as cantoras Ivete Sangalo e Anitta. O roqueiro Tico Santa Cruz, outro eleitor do pedetista, se disse disposto a apertar o 13 no dia 2 de outubro caso o seu candidato preferido não reaja nas pesquisas até lá.
“A história desse momento na eleição é do voto útil”, diz o cientista político Felipe Nunes, da consultoria e pesquisadora Quaest. E, sim, “existe mercado” para esse voto, prossegue. De cada quatro eleitores, um admite fazer voto útil, conforme a pesquisa Genial/Quaest. São 33% entre os ciristas, 20% entre os indecisos e 19% entre os partidários de Simone Tebet, do MDB. Tudo somado, há cerca de 5% de voto útil potencial, índice suficiente para Lula vencer no primeiro turno.
“O BOLSONARO É CRIA DA CULTURA DE ÓDIO DO LULA E DO PT”, INSISTE CIRO, EM UMA TOADA DESPROVIDA DE ESTRATÉGIA A ESTA ALTURA DA CAMPANHA
Ciro está uma fera com essa possibilidade e com a campanha aberta, embora, na reta final de 2018, tenha se valido de estratégia parecida na esperança de ultrapassar Haddad e enfrentar Bolsonaro no segundo turno. Segundo o pedetista, Lula ainda está à frente nas pesquisas, mas “certamente seguirá, até o dia da eleição, perdendo votos para o crescente antipetismo”. Para impedir a sangria de seus eleitores, divulgou nas redes sociais vídeos com jovens e a ideia de que “o voto útil é tornar o seu sonho inútil”, “o seu amor inútil”. Peças elaboradoras pelo publicitário João Santana. Este guarda certa mágoa do PT, por ter sido preso e condenado na Operação Lava Jato. Em 2020, dizia que a chapa ideal contra Bolsonaro teria Ciro presidente e Lula vice. Agora, afirma um colaborador do PDT, a parceria entre o publicitário e presidenciável “juntou o ódio com a raiva”.
O “ódio com a raiva” abastecem o antipetismo sobretudo na classe média. No Datafolha de 9 de setembro, Ciro tinha 7%, mesmo porcentual de maio. Em alguns grupos específicos, saía-se, porém, melhor: 10% entre aqueles com ensino superior e 13% entre quem ganha mais de 10 salários mínimos, cerca de 12 mil reais. No grupo de eleitores jovens, um dos focos de sua campanha, também vai levemente melhor, 9%. O festival de pesquisas neste ano tem destoado um pouco, pois o Brasil não sabe quantos pobres tem, dada a falta de informações confiáveis produzidas pelo IBGE. Os institutos entrevistam quantidade diferente de cidadãos de baixa renda. Nos levantamentos com mais gente das classes populares, Lula está perto de vencer no primeiro turno. O que é possível dizer sem erro é que, não importam as divergências metodológicas: quanto mais pobre, mais Lula, quanto mais rico, mais Bolsonaro. Na pesquisa Genial/Quaest, o petista bateria o capitão no duelo final com a menor diferença captada pelo instituto, 48% a 40%. Em junho, dava 55% a 32%. O motivo da distância menor? “Os ataques do Ciro ao ex-presidente Lula, quando somados aos que Bolsonaro tem feito, geraram esse efeito”, diz Nunes.
A melhora homeopática de Bolsonaro não se explica apenas pela artilharia contra Lula. O corte do preço da gasolina e o desempenho da economia superior ao projetado no início do ano (o PIB cresceu 2,5% no primeiro semestre, o desemprego baixou a um dígito) parecem influenciar a classe média. Já o reajuste de 400 reais para 600 reais no Auxílio Brasil, o ex-Bolsa Família, não mexeu com os humores dos mais pobres. Entre os brasileiros de renda até dois salários mínimos, subiu a preferência por Lula. No comitê petista, avalia-se que os números mostram semana a semana um quadro estável e que de nada adiantou o governo ter feito estripulias financeiras pela reeleição. Nem o 7 de Setembro turbinou o capitão. A Justiça Eleitoral, aliás, proibiu o presidente de usar na tevê imagens da celebração. Em suma, quanto menos tempo até o primeiro turno, pior para Bolsonaro.
Na terça-feira 13, Lula disse na web a comunicadores e militantes de sua candidatura ser “possível ganhar as eleições no primeiro turno” e que a fórmula do sucesso depende de esperança, coração, humanismo e suor. A decisão de seu comitê de apostar na campanha do voto útil tinha sido tomada uma semana antes. Na véspera da decisão, Ciro golpeara o petista abaixo da cintura, na bolsonarista rádio Jovem Pan: “Lula tinha filho ladrão”. A família do petista foi à Justiça para que o pedetista explique a qual filho e a qual situação se referia. E pedia retratação, do contrário iria processá-lo por crime contra a honra. Um dia após o único debate televisivo entre os presidenciáveis até aqui, em 28 de agosto na Band, Ciro tinha agido de forma parecida. “Lula está cada dia mais fraco, fisicamente, psicologicamente e teoricamente, para enfrentar a direita sanguinária”. Logo depois tirou o tuíte do ar.
No debate, Lula estendeu a mão a Ciro, ao ser questionado por uma jornalista sobre hostilidades mútuas e uma possível aliança contra Bolsonaro. O petista comentou que o pedetista era um dos três políticos que tratava “com deferência”, mesmo quando criticado. E que o oponente “tem o coração mais mole do que a língua”. “O Lula, esse encantador de serpentes, vai na emoção das pessoas”, reagiu Ciro, no preâmbulo de umas patadas. “O Bolsonaro foi um protesto absolutamente reconhecido respeitosamente por mim contra a devastadora crise econômica que o Lula e o PT produziram.” E emendou: “O Lula se deixou corromper mesmo”. Mais do que um gesto ao adversário, o ex-presidente quis no debate dirigir-se a quem pretende votar no pedetista, conforme um líder parlamentar petista: “O eleitor do Ciro é o único que pode levar essa eleição para cá ou para lá”.
Anitta aderiu faz tempo a Lula, Ivete Sangalo desceu do muro e pediu “mudança” em 2 de outubro, Tico Santa Cruz vai de 13 se Ciro não decolar nas próximas semanas e Raí faz campanha para o ex-presidente – Imagem: E.Hormiguero, Carolina Vianna, Joka Madruga/SEEB Curitiba e RIR Lisboa/Agência Zero
“O PDT se sente extremamente desrespeitado com a campanha do voto útil e extremamente decepcionado com a postura do PT no Ceará”, diz o vice-presidente da legenda e líder da bancada na Câmara, o cearense André Figueiredo. Em uma conversa anterior com CartaCapital no Congresso, em 30 de agosto, Figueiredo comentava que a campanha do voto útil viria na reta final da eleição, mas que seria em vão, pois Ciro, Simone Tebet e o antipetismo avançariam. Ponderava também que a posição do PDT, que teve ministros com Lula e Dilma, em um duelo final entre o petista e o capitão, dependeria do desfecho da eleição no Ceará, por ser o estado mais importante para a sigla, principal polo de poder. Se a disputa local virasse guerra, nada de apoio a Lula. Compreensível. Dos 19 deputados pedetistas, 8 são do Ceará. O tamanho na Câmara define quanto cada partido recebe do fundo público de campanha. Quanto mais deputados, mais recursos.
No Ceará, a vida está dura para Ciro e a relação entre PT e PDT vive dias tensos. Em 2018, o ex-governador ganhou com 40% dos votos válidos, Haddad teve 33% e Bolsonaro, 21%. Agora, aparece em terceiro nas pesquisas, com cerca de 15%. Lula oscila de 50% a 55%, enquanto Bolsonaro varia de 20% a 25%. Para ter na campanha ao governo estadual um nome fiel e que não se enamorasse de Lula, Ciro bancou no fim de julho um competidor do PDT rejeitado pelo PT, em razão de atritos passados. É Roberto Claudio, ex-prefeito de Fortaleza. A decisão pôs fim a uma aliança de 16 anos entre os partidos. O PT preferia a reeleição da governadora Izolda Cela, que assumiu em março no lugar de Camilo Santana. Este, que é petista, saiu do poder para concorrer ao Senado. Com Claudio no páreo, Santana apostou num nome do PT para governador, Elmano Freitas, deputado estadual.
ELEITORES DO PEDETISTA EM 2018, CAETANO VELOSO, GREGÓRIO DUVIVIER E TICO SANTA CRUZ DEFENDEM EXPLICITAMENTE OU ACENAM COM O VOTO ÚTIL EM LULA
Izolda saiu do PDT para apoiar Freitas. No início de agosto, sua ex-legenda baixou uma resolução para forçar a fidelidade dos filiados de todo o Brasil nas eleições deste ano, decisão feita sob medida para o Ceará. Dois irmãos políticos de Ciro, o senador licenciado Cid e o prefeito de Sobral (a terra da família) Ivo, discordaram da atitude do presidenciável e preferiram não se meter na campanha estadual. Topam manter laços com o PT, após a eleição. Mas, para tanto, o embate entre Claudio e Freitas não pode desandar. Os dois lutam para ir ao segundo turno contra o representante bolsonarista, o deputado federal Capitão Wagner, do União Brasil. O PM está na dianteira nas pesquisas, com cerca de 35%. Os outros dois empatam com 22%.
Até aqui tem havido um esforço de líderes pedetistas para não dinamitar pontes com o PT, apesar da virulência de Ciro. A relação institucional entre os partidos, ressalta Figueiredo, sempre foi boa. Por isso, os ataques de Ciro a Lula são tratados como uma posição particular do candidato. Quando Ciro disse que “Lula tinha filho ladrão”, o presidente do PDT, Carlos Lupi, comentou publicamente que o candidato “tem um estilo, eu tenho outro”. E fez questão de pontuar a diferença após Ciro igualar as culpas do PT e de Bolsonaro no caso do assassinato de um lulista por um bolsonarista no Mato Grosso. O crime era resultado de uma “polarização irracional”, ressaltou o presidenciável. Para Lupi, foi “um assassinato alimentado pela rede de ódio inspirada em Bolsonaro”.
O que fará o PDT em caso de segundo turno entre o ex-presidente e o atual? Em 2018, a legenda deu “apoio crítico” a Haddad. No momento, vai depender não só do Ceará, mas, antes de tudo, do resultado da corrida presidencial, que ainda não acabou. Falar agora de segundo turno enfraquece a candidatura de Ciro, afirma Lupi. A outra condicionante é a geopolítica interna da legenda imposta pelas urnas. Os diretórios do Ceará e do Rio de Janeiro são mais progressistas, em São Paulo e no Rio Grande do Sul, a má vontade com o PT é grande. Qual será o peso deles depois de 2 de outubro?
Uma coisa é, porém, certa, disse Lupi a CartaCapital: “Com Bolsonaro, jamais”.
Em junho do ano passado, o presidente do partido apostava que em março Ciro teria de 15% a 20% nas pesquisas. E esforçou-se para turbinar a campanha. Destinou até agora 6% do fundo eleitoral do PDT ao candidato, quase o dobro da aposta do PL em Bolsonaro (3,5%). Neste momento, vê surgirem casos como o de uma candidata a deputada pelo PDT paulista, a sindicalista Monica Veloso, que distribui panfletos com a foto de Lula, enquanto dirigentes sindicais preparam uma carta a conclamar a adesão da legenda ao petista ainda no primeiro turno. “Terei orgulho de dizer aos meus filhos e netos: ‘Eu não me vendi. Eu não me rendi’”, tuitou Ciro na quarta-feira 14.
O pedetista tornou-se um voto de protesto. •
PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1226 DE CARTACAPITAL, EM 21 DE SETEMBRO DE 2022.
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