Política
CGU manda liberar os dados sobre o acesso dos filhos de Bolsonaro ao Planalto
A revisão nos sigilos foi determinada em 1º de janeiro pelo presidente Lula, que deu 30 dias para o órgão analisar as negativas via LAI
A Controladoria-Geral da União determinou que o Gabinete de Segurança Institucional libere, em até 10 dias, o registro das entradas e saídas dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Planalto durante os quatro anos do governo.
Os dados sobre as idas de Eduardo, Flávio, Carlos e Jair Renan à sede da Presidência da República foram colocados em sigilo durante a gestão do ex-capitão, sob o argumento de que as informações estariam classificadas com o “grau de sigilo Reservado pelo Diretor do Departamento de Segurança Presidencial”.
Nesta segunda-feira, porém, a CGU afirmou que tais informações devem ser fornecidas porque “têm natureza pública e podem ser objeto de acesso”.
A revisão nos sigilos foi determinada em 1º de janeiro pelo presidente Lula (PT), que deu 30 dias para a CGU analisar as negativas via Lei de Acesso à Informação. Durante a gestão Bolsonaro, cerca de 65 mil pedidos foram negados.
Em outra frente, a Controladoria-Geral determinou que a Polícia Rodoviária Federal disponibilize o planejamento das operações realizadas pela corporação durante o segundo turno das eleições presidenciais. A instituição também tem 10 dias para cumprir a ordem.
A PRF virou alvo de investigações da Polícia Federal por descumprir determinação do ministro Alexandre de Moraes e realizar blitze em rodovias do Nordeste no dia da votação. A ação foi vista como uma forma de dificultar o trânsito de eleitores na região, onde Lula aparecia com larga vantagem sobre Bolsonaro na corrida presidencial.
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