Política
CCJ do Senado aprova proposta que permite a venda de plasma humano
O relatório de Daniella Ribeiro (PSD-PB) permite a atuação de empresas privadas na produção e na comercialização de hemoderivados
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou, por 15 votos a 11, a proposta de emenda à Constituição que estabelece regras para coleta, processamento e comercialização de plasma humano. O texto agora vai à análise do plenário e, se avalizado, também passará por votação na Câmara.
O relatório da senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) permite a atuação de empresas privadas na produção e na comercialização de hemoderivados e pode abrir espaço para que doadores recebam uma compensação financeira.
Em voto separado, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) sugeriu liberar a participação do setor privado no processamento do plasma, desde que autorizado pelo Ministério da Saúde e para abastecer “de modo prioritário” o SUS. Esse texto não chegou a ser avaliado.
A proposta aprovada pela CCJ também diz que o plasma pode ser utilizado em laboratórios, desenvolvimento de novas tecnologias e produção de medicamentos “destinados a prover preferencialmente o SUS”.
Foto: Pedro França/Agência Senado
Atualmente, a Constituição veda todo tipo de comercialização de sangue e seus derivados.
Hoje, a produção e a venda dos hemoderivados é feita de forma exclusiva pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, a Hemobrás.
A Fiocruz, o Conass e o Conasems, duas entidades que reúnem os secretários estaduais e municipais de Saúde, se manifestaram pela reprovação da PEC.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.