Política

Caso Marcelo Arruda: MP pede que policial bolsonarista seja levado a júri popular

Promotores também defendem a manutenção da prisão preventiva de Jorge Guaranho

Marcelo Arruda e o seu assassino bolsonarista
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O Ministério Público do Paraná apresentou, nesta quarta-feira 19, alegações finais sobre o caso do assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR).

No documento, promotores reforçam a tese de que o crime teve motivação política e defendem que o policial bolsonarista Jorge Guaranho seja levado a júri popular. 

Em 9 de julho, Arruda foi assassinado em sua própria festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho foi formalmente acusado por homicídio duplamente qualificado e aguarda o julgamento. Ele está preso preventivamente. 

Os promotores solicitam a manutenção da prisão do agente penal, considerando a proximidade da eleição e a “gravidade em concreto da conduta do paciente, caracterizadora da sua periculosidade social”.

Os integrantes do órgão acusatório apontaram que a “a discussão sobre política já foi reconhecida pelo Superior Tribunal de Justiça como caracterizadora da futilidade do homicídio”.

A acusação contra Guaranho também considera como qualificadora do crime o perigo comum a que o agente penal expôs a vítima e os outros participantes da festa de aniversário, ao disparar deliberadamente. 

Agora, o prosseguimento do processo depende da manifestação final da defesa do bolsonarista. Após a apresentação das alegações finais, a Justiça deve decidir se o caso será levado a julgamento por júri popular. 

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